A próxima etapa do processo é a votação em
plenário. Para que parlamentar seja cassado, são necessários os votos de 257
dos 513 deputados que integram a Câmara
O Conselho de Ética aprovou, por 11 votos a
9, parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação do mandato do
presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quarta-feira
(14). A decisão ocorre uma semana após ser divulgado que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de Cunha ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No processo, o peemedebista é acusado de
quebra de decoro parlamentar por manter contas secretas no exterior e de ter
mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano
passado.
Segundo o relatório de Marcos Rogério,
trustes e offshores foram usados pelo presidente afastado da Câmara para
ocultar patrimônio mantido fora do país e receber propina de contratos da
Petrobras. O deputado diz no parecer que Cunha constituiu os trustes no
exterior para viabilizar a "prática de crimes".
Em nota publicada após a votação, Cunha diz
que "o processo tem nulidades gritantes" e que vai recorrer à
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele afirma ter "absoluta
confirança" de que reverterá a decisão e que é inocente da acusação de
mentir à CPI.
O advogado de Cunha, Marcelo Nobre, disse que
deve recorrer. "Vamos decidir sobre recurso à CCJ. Não há provas contra
meu cliente".
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