Agripino mantém a linha dura com relação
à gestão Dilma Rousseff e evita falar da denúncia de corrupção envolvendo o
nome dele.
Senador
e presidente nacional do Democratas, José Agripino, se pronunciou publicamente
nesta quarta-feira. Contudo, nada de falar sobre a Operação Sinal Fechado, a
qual ele é investigar por corrupção porque, segundo réus do processo, teria
recebido R$ 1 milhão de propina para garantir a inspeção veicular no RN.
Agripino abriu a boca para, mais uma vez, criticar a gestão Dilma Rousseff.
Pelo
menos, desta vez, Agripino mudou o tom do discurso e não reclamou dos casos de
corrupção – no último dia 15, ele foi um dos manifestantes que foram para as
ruas criticar as denúncias envolvendo o governo federal. “A redução no número
de órgãos públicos é uma tese que defendo com posições e projetos apresentados
há anos. Parece que a presidente finalmente percebeu que seu governo quebrou o
Brasil”, criticou o senador.
Crítico
contumaz ao uso da máquina pública para acomodar aliados políticos, Agripino
apresentou proposta de emenda à Constituição (PEC 34/2013) que tornava mais
rigorosa a criação de estatais, ministérios e órgãos públicos no país. A
matéria foi rejeitada durante votação em plenário, em março de 2014, por
governistas. Hoje, o governo Dilma conta com 39 cargos com status de ministro –
segundo o parlamentar, grande parte utilizada como moeda de troca entre governo
e base aliada.
A
PEC de Agripino propunha que a criação de empresas estatais, autarquias ou
ministérios não fosse mais possível por decreto, medida provisória ou lei
ordinária, como ocorre atualmente. Seria possível apenas por lei complementar,
que exige o voto de 41 senadores e 257 deputados federais. “O que queríamos com
a aprovação da PEC? Evitar que se repetissem os abusos que ocorrem nos últimos
12 anos: a fundação de empresas, autarquias, ministérios, que ainda não
disseram a que vieram, além da barganha política com a distribuição de cargos”,
contou Agripino.
Para
o democrata, o fato de a presidente Dilma estudar a possibilidade de reduzir o
número de pastas deve-se também à pressão da sociedade, que exige a contenção
dos gastos públicos desnecessários, principalmente pelo fato de o Brasil estar
passando por um momento econômico preocupante. “Acende-se a esperança de que a
voz das ruas esteja mexendo com a cabeça da presidente Dilma”, destacou o
presidente do DEM.
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