A
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados
acaba de aprovar o voto em separado do deputado Marcos Rogério (PDT-RO),
favorável à admissibilidade da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de 18
para 16 anos. Foram 42 votos a favor e 17 contra.
Antes,
havia sido rejeitado o relatório do Luiz Couto (PT-PB), que era contrário à
proposta. Couto argumentou que a proposta fere cláusula pétrea da Constituição,
o que a tornaria inconstitucional.
No
parecer vencedor, Marcos Rogério afirma que a redução da maioridade penal “tem
como objetivo evitar que jovens cometam crimes na certeza da impunidade”.
Já o
deputado Alessandro Molon (PT-RJ) lamentou o resultado: “Estamos decidindo
mandar para um sistema falido, com altíssimas taxas de reincidência,
adolescentes que a sociedade quer supostamente recuperar. É um enorme
contrassenso.”
Tramitação
No
exame da admissibilidade, a CCJ analisa apenas a constitucionalidade, a
legalidade e a técnica legislativa da PEC. Agora, a Câmara criará uma comissão
especial para examinar o conteúdo da proposta.
A
comissão especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para dar seu parecer.
Depois, a PEC deverá ser votada pelo Plenário da Câmara em dois turnos. Para
ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma
das votações.
Depois
de aprovada na Câmara, a PEC seguirá para o Senado, onde será analisada pela
Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo Plenário, onde precisa ser
votada novamente em dois turnos.
Se o
Senado aprovar o texto como o recebeu da Câmara, a emenda é promulgada pelas
Mesas da Câmara e do Senado. Se o texto for alterado, volta para a Câmara, para
ser votado novamente.
Agencia Brasil
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