Henrique
poderia ter colocado em votação a reforma política quando era presidente da
Câmara, mas não o fez.
O
prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, respondeu o ex-presidente da Câmara
dos Deputados, Henrique Alves, que classificou a proposta da FEMURN, de
prorrogação dos atuais mandatos de prefeitos e vereadores, como da época da
ditadura. Na resposta que deu por meio do Twitter, Silveira disse, com outras
palavras, que Henrique foi omisso ao não ter votado a reforma política quando
era presidente da Câmara dos Deputados.
“Ainda
sobre o Encontro de Prefeitos e Vereadores reforço: unificação das eleições é
bandeira da sociedade, não só de prefeitos e vereadores. Lutar contra esta
corrente é agir na contramão do clamor das ruas. Continuaremos em defesa da
reforma política com unificação de eleições. Reforma política esta que o
ex-deputado Henrique Alves poderia ter colocado em pauta enquanto presidente do
Congresso Nacional e não o fez”, afirmou Silveira.
Em
entrevista ao Jornal de Hoje, nesta segunda-feira, Henrique disse que não há
chance de prorrogação dos atuais mandatos e comparou o ato, defendido pela
FEMURN no contexto do debate da reforma política, como um ato da ditadura. “Sem
chance de prorrogar os mandatos, não há clima mais para uma decisão desse tipo.
Nem se pleiteia, à exceção do pleito agora feito no RN. Prorrogar mandato só
foi feito na ditadura militar”, disse Henrique, se referindo à proposta das
entidades municipalistas. Segundo o ex-presidente da Câmara, “não há, no clima
democrático que vivemos, condições para se propor coisas desse tipo. Sem chance
mesmo. Desinformação completa se propor isso. Ruim para o Rio Grande do Norte.
Desgaste e sem chance de prosperar”, arrematou.
Após
apontar que Henrique teria sido “omisso” em relação à reforma política, ainda em
resposta, Silveira afirmou que, no tocante à FEMURN, está fazendo a sua parte
ao propor alternativas. “Se as eleições serão unificadas em 2018 ou 2022,
realmente é um debate nacional, que envolve inúmeros interesses e posições
políticas. Daqui, do RN, fizemos nossa parte. Mobilizamos prefeitos e
vereadores. E pedimos unificação já por entender que o exemplo tem que ser
agora”. Fazer a parte da FEMURN, segundo ele, reforça a omissão de Henrique,
que teve chances de atuar decisivamente como presidente da Câmara.
Ainda
segundo Silveira Júnior, cada eleição no país custa mais de meio bilhão de
reais. “O Brasil não pode mais custeá-las a cada dois anos. A sociedade clama
por mudanças já. O povo não quer saber de picuinha. Quer resultado”, disse,
reiterando o convite à bancada e a Henrique Alves. “União em favor do RN e do
Brasil”, disse.
JH
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