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terça-feira, 17 de março de 2015

Acuado, governo decide baixar tom e agora fala em ‘humildade’!

Sem o ministro Rosseto, cujo discurso beligerante marcou pronunciamento de domingo, Cardozo e Eduardo Braga enfatizam promessa de diálogo.
Depois da reunião entre a presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer e outros nove integrantes do primeiro escalão nesta segunda-feira, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e de Minas e Energia, Eduardo Braga, foram escalados para falar com a imprensa a respeito dos protestos de 15 de março. Sem novidades, o pronunciamento serviu apenas para um ajuste no tom: a dupla adotou uma postura mais moderada e repetiu a palavra “humildade” diversas vezes. Era o objetivo de Dilma ao substituir o petista Miguel Rossetto, cujas declarações beligerantes marcaram o pronunciamento do domingo, acompanhado por novo panelaço. Mais experiente, o peemedebista Braga já foi líder do governo no Senado.

Durante a entrevista, Cardozo afirmou que o pacote anticorrupção do governo deve ser anunciado até o fim da semana. As propostas, que dependerão do aval do Congresso, incluem a criminalização do caixa dois e do enriquecimento injustificado de agentes públicos.O ministro também enfatizou a promessa de diálogo com todos os setores da sociedade, que já havia sido feita outras vezes pelo governo em momentos de crise. Segundo Cardozo, agora o compromisso é para valer. “A ideia do diálogo não é algo retórico. É algo real e substantivo. Nós queremos dialogar com todas as forças políticas para que possamos encontrar convergências”, disse.

Apesar da mudança de tom, a autocrítica não veio. Cardozo sustentou, por exemplo, que a crise econômica atual se deu porque o governo promoveu medidas anticíclicas para evitar os efeitos da turbulência internacional sobre o Brasil. “Esse caminho foi absolutamente correto. Agora, há um momento em que se a economia não chega a um patamar que nós achamos que poderia ter chegado, temos que adequar às circunstâncias”, disse Cardozo. Braga afirmou o mesmo, embora tenha dito que “só não erra quem não faz”.

Cardozo e Braga distribuíram obviedades sobre temas importantes, como a reforma ministerial (“Quando e se a presidente se convencer de que tem de ter mudança, ela o fará”, disse o ministro da Justiça) e o esforço do governo para acertar (“Há uma distância muito grande entre aqueles que querem acertar e aqueles que defendem a política do quanto pior melhor”), afirmou Eduardo Braga.

Fonte: VEJA

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