O
caso chegou ao Supremo em março e a decisão de abertura de inquérito foi tomada
pela ministra relatora do caso, Cármen Lúcia.
O
Supremo Tribunal Federal decidiu abrir um inquérito contra o senador Agripino
Maia, presidente nacional do DEM, após pedido encaminhado pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot.
O
parlamentar foi citado em delação premiada de empresário do Rio Grande do Norte
na qual é acusado de ter cobrado propina de R$ 1 milhão para permitir um
esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Estado.
O
caso chegou ao Supremo em março e a decisão de abertura de inquérito foi tomada
pela ministra relatora do caso, Cármen Lúcia, na última sexta-feira, 20. O
processo tramita no Supremo em segredo de Justiça.
A
delação premiada, feita pelo empresário George Olímpio que, segundo promotores
que acompanham o caso, teria montado um esquema envolvendo as principais
autoridades do Rio Grande do Norte para aprovar uma lei que criava o sistema de
inspeção veicular no Estado.
A
aprovação da lei, segundo a investigação, teria ocorrido sem obedecer os trâmites
legais. O esquema de corrupção é investigado pela Operação Sinal Fechado,
deflagrada em 2011.
Procurado,
o senador disse desconhecer o pedido de abertura de inquérito contra ele no
STF. “Não fui comunicado de nada e o que eu posso lhe dizer é quem um primeiro
ponto trata-se de um reposicionamento por parte de alguém que foi a cartório
declarar o contrário do que se supõe estar declarando agora. Trata-se de um
processo que já foi apreciado na PGR e arquivado. Eu não tenho informação sobre
as razões que estariam levando à reabertura desse assunto”, disse ao jornal O
Estado de S.Paulo por telefone.
Segundo
o senador, o delator teria registrado em cartório uma nota que nega o teor das
acusações feitas em delação premiada.
Maia
afirma que esse caso já havia sido analisado pela Procuradoria-Geral da
República e arquivado por “inexistência de indícios mínimos”. O parlamentar
afirma ainda desconhecer os motivos que teriam levado à reabertura do caso.
Fonte:
Exame
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