Uma
audiência pública na AL reuniu Governo e servidores para discutirem a proposta
de redução de 22% a 11%.
O
Governo do Estado quer reduzir de 22% a 11% o repasse referente à contribuição
na previdência dos servidores estaduais. Essa proposta foi encaminhada a
Assembleia Legislativa, para analise e aprovação, que convocou uma audiência
pública nesta quarta-feira (26) para tratar do assunto.
O
presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Rio Grande
do Norte (Ipern), José Marlúcio Paiva, explicou que a medida proposta deve a
situação financeira que o Estado passa. Ele explicou que a mudança só iria
afetar o fundo previdenciário.
“São
dois fundos, o previdenciário e o fundo financeiro. O previdenciário engloba os
servidores estaduais ingressantes até 2004, onde o governo passa 22% e o
servidor 11%. É neste que aconteceria a mudança”, detalhou Paiva. A redução
geraria uma economia de R$ 4 milhões por mês.
José
Marlúcio apresentou a redução e porcentagem em outros estados brasileiros, como
Minas Gerais, Acre, Amapá. Nesses estados, a participação do governo na
alíquota da contribuição previdenciária fica em torno de 10%.
Representando
o Conselho Previdenciário, Nereu Linhares, afirmou que “essa é uma questão
técnica” e disse não se pode comparar o Rio Grande do Norte aos outros estados
brasileiros nessa questão.
“Cada
estado tem as suas peculiaridades, não podemos ter isso como parâmetro. Todos
os servidores devem estar atentos a esta mudança, tanto os antigos como os
recém-concursados. É uma alteração que terá consequências no futuro”, declarou.
Nereu
contou que o “fundo previdenciário tem um rombo e vai continuar” caso a medida
seja aprovada pelos deputados estaduais. “É um projeto completamente inviável”,
disparou.
Representantes
dos servidores estaduais, como o Sindicato dos Servidores Públicos da
Administração Indireta do RN (Sinai), o Sindicato dos Servidores da Saúde do RN
(Sindsaúde) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte),
participaram do debate e foram, em sua totalidade, contrários a proposta do
governo estadual.
“Precisamos
estar mais atentos a essa questão e não vê o agora e sim o futuro, a
coletividade. Não queremos que esse projeto vá para discussão e votação na
Assembleia Legislativa”, afirmou Simone Dutra, do Sindsaúde.
Por
Virgínia França
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