Os
prefeitos pedem mudança da Lei Complementar 116/2003, para incluir novas
atividades econômicas na matriz de incidência do Imposto sobre Serviço.
Cerca
de 800 prefeitos reivindicaram mais recursos para os municípios, ontem (25),
durante ato no Senado. O principal pedido é aumento de 2% nos repasses do Fundo
de Participação dos Municípios (FPM). O fundo é uma transferência constitucional
proveniente de 23,5% da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) e do Imposto de Renda (IR) Pessoa Física e Pessoa Jurídica. A
distribuição dos recursos aos municípios é feita de acordo com o número de
habitantes.
O
presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, disse que o
aumento de 2% representa mais R$ 7 bilhões que seriam repassados às
prefeituras.
Segundo
ele, duas propostas de emenda à Constituição, uma tramitando no Senado, a PEC
39/2013, e a outra na Câmara dos Deputados, a PEC 341/2013, aumentam o repasse
em 2% para o FPM.
Gilson
Antônio Romano, prefeito de Rio Negro, cidade de 5 mil habitantes em Mato
Grosso do Sul, disse que os pequenos e médios municípios precisam do aumento.
“É vergonhoso ver a quantidade de dinheiro que fica em Brasília [no governo
federal]. É, lá no município, que estão os problemas. A presidenta Dilma deve
olhar com carinho a reivindicação. As prefeituras não estão conseguindo fechar
a conta com a folha de pagamento, saúde e educação”, disse Romano.
Os
prefeitos pedem mudança da Lei Complementar 116/2003, para incluir novas
atividades econômicas na matriz de incidência do Imposto sobre Serviço, o fim
das desonerações do IPI sobre a parte dos municípios e o julgamento pelo
Supremo Tribunal Federal sobre a redistribuição dos royalties de petróleo e gás
a todos os municípios e estados brasileiros. Eles querem também que o Congresso
não aprove projetos de lei que criem novas atribuições para os municípios sem a
indicação da fonte de financiamento.
A
mobilização de hoje é uma preparação para o ato programado para 11 de abril em
todos os estados. A ideia é que as prefeituras suspendam serviços não
essenciais por um dia para mostrar a situação de crise dos orçamentos municipais.
“A proposta é que as prefeituras diminuam suas atividades para explicar à
comunidade por que os municípios estão em crise, muitos entrando praticamente
em falência”, disse Ziulkoski.
O
próximo encontro dos prefeitos em Brasília será na Marcha em Defesa dos
Municípios, que ocorrerá entre 12 e 15 de maio.
Agencia Brasil
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