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quinta-feira, 27 de março de 2014

Mãe que prioriza namorado pode criar filho inseguro!

Para especialistas, a mulher não deve encarar a maternidade como a única função a desempenhar na vida.
Com receio de que o novo parceiro desista da relação, muitas mulheres passam a dar mais atenção ao namorado do que ao próprio filho, fruto de uma união anterior. E o resultado dessa negligência pode causar sequelas devastadoras na vida de uma criança, especialmente na das mais novas, muito dependentes e ligadas à figura materna.

"O medo feminino é pertinente", diz a psicopedagoga e terapeuta familiar Edith Rubinstein. Porém, por conta dessa dificuldade em se dividir nos papéis de mãe e companheira, várias mulheres que se separam com filhos pequenos ficam muito tempo sem namorar. Para algumas, não há dilema: o filho vem em primeiro lugar e pronto. Mas nem sempre é assim.

Segundo a psicóloga clínica Susana Orio, outra forma de negligência acontece quando mães separadas dão mais atenção aos filhos do segundo casamento do que para os nascidos da sua primeira união. Seja qual for o caso, é importante tentar preservar as emoções infantis.

"Quando a mãe ou o pai decidem formar uma nova constituição familiar, devem tomar muito cuidado para isso não confundir nem abalar a criança. É preciso explicar a situação com clareza e, principalmente, ouvir o que ela tem a dizer, sem recriminações", declara Susana.
Direito a um novo amor

Para as especialistas, é óbvio que a mulher não deve encarar a maternidade como a única função a desempenhar na vida. Todas têm o direito de reconstruir sua vida amorosa e viver um relacionamento pleno e satisfatório. Ainda assim, uma nova relação não pode interferir no papel de mãe. E a criança deve ser preparada para a entrada de uma nova pessoa em sua vida.

"É claro que um parceiro traz bem-estar e satisfação pessoal à mulher. É um desafio para ela equacionar o amor e o tempo entre ele e o filho", afirma Edith, que sugere a quem vem atravessando esse conflito que não pense apenas no presente, mas nas consequências das experiências vividas ou não-vividas pela criança em seu processo de formação.

"É preciso se manter bem atenta, conversar com os filhos, preparar e explicar para eles essa nova relação. É importante também dar um tempo para estabelecer esse novo relacionamento para não ser precipitada e fazer com que a criança passe por diversas situações de separações que vão levá-la a momentos de dificuldades e medo para aceitar a nova realidade", comenta Susana Orio.

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