Segundo
orçamento feito pelo ex-procurador geral de Justiça, a adequação do imóvel está
orçada em R$ 550 mil em 2009. Imagine o valor para recuperá-lo agora.
Um
abacaxi de R$ 800 mil que, para ser descascado, necessitará de, pelo menos,
mais R$ 550 mil. É dessa forma que pode ser classificado o prédio abandonado
pelo Ministério Público do RN no Centro de Natal e que, agora, o órgão
ministerial quer repassar ao Governo do Estado.
O
valor para descascar, ou seja, para reformar o prédio foi revelado por meio de
documento feito pelo próprio MP e enviado para o Legislativo em
2011, quando a Procuradoria Geral de Justiça tinha interesse em vendê-lo.
Dessa
forma, ressalta-se que os R$ 500 mil podem não ser o valor total hoje. Isso
porque esse era a quantia que o arquiteto Ciro Celestino Figueiredo Sousa
chegou ao calcular os custos de uma reforma com o simples objetivo de adequar o
imóvel às exigências da Prefeitura de Natal para o funcionamento dele. Ou seja:
o arquiteto não considerou, na época, a necessidade de uma restauração do
prédio, fechado há seis anos e, hoje, repleto de problemas estruturais.
O
“projeto de lei ordinária” enviado pelo Ministério Público do RN, o qual o
portalnoar.com teve acesso com exclusividade, foi formulado já na gestão do
promotor Manoel Onofre de Souza Neto na Procuradoria-Geral de Justiça. Mais
precisamente no dia 31 de janeiro de 2011. A intenção dele era que essa matéria
fosse aprovada na Assembleia Legislativa permitindo a venda do imóvel.
“Importante ressaltar que ao bem nunca foi dada nenhuma destinação de uso
público, razão pela qual prescinde de desafetação”, frisou Onofre no documento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário