Contatos

Contatos

domingo, 21 de abril de 2013

Observadores brasileiros dizem que não há como garantir eleição limpa no Paraguai

Para acabar com a suspensão no Mercosul e na União das Nações Sul-Americanas, o Paraguai precisa provar que as eleições deste domingo (21/04) são limpas e democráticas.
Com o objetivo de convencer os mais de 500 observadores internacionais da transparência do processo, o TSJE (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral) tem dado longas palestras e explicações detalhadas sobre o sistema de votação.

Apesar de os primeiros relatórios oficiais serem divulgados apenas na próxima semana, observadores brasileiros já apontam problemas na organização e no processo de apuração paraguaios.
As principais deficiências relatadas a Opera Mundi dizem respeito à transmissão digital dos resultados, à falta das mesmas oportunidades entre os partidos políticos e ao excesso de cargos que os paraguaios escolherão.
Cada eleitor votará para presidente, governador, senador, deputado, representantes do Parlasul e membros para a Junta Departamental, uma espécie de assembleia estadual.

“Eles precisam se aperfeiçoar. Há um problema sério de compra de votos e de cédulas antes do dia da eleição. No domingo, o problema maior será a interferência humana na transmissão digital dos resultados. Não há como garantir a transparência da eleição”, afirma um dos observadores brasileiros que prefere não ser identificado.

A votação no Paraguai é feita por meio de cédulas, que são contadas por fiscais que transferem o resultado para um sistema denominado TREP (Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares). O Paraguai é o primeiro país a adotar esse modelo, que deve permitir o anúncio do novo presidente às 20h locais (21h de Brasília), quatro horas após o fechamento das urnas.

“O sistema é demorado. No Brasil, por exemplo, cada eleitor costuma levar um minuto para votar. Aqui esse tempo deve chegar a três minutos. Além disso, o eleitor recebe muitas cédulas, depois tem que colocar cada uma delas na urna certa. É muito fácil de haver alguma confusão", argumentou a Opera Mundi Alexandre Francisco de Azevedo, especialista em direito eleitoral, professor da PUC-GO e observador do pleito paraguaio.

UOL

Nenhum comentário:

Postar um comentário