Presidente do DEM é investigado por
suposta fraude em obra de arena da Copa 2014
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís
Roberto Barroso determinou a quebra do sigilo bancário do diretório nacional do
DEM entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014.
Na mesma decisão, Barroso também ordenou a
quebra do sigilo telefônico do presidente do partido, senador José Agripino
Maia (RN), de um primo do parlamentar e do ex-executivo da OAS José Aldemário
Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, no mesmo período.
Procurado pelo G1 o senador José Agripino
Maia informou que as contas do DEM estão "abertas" à Justiça e que
ele não tem "nada a esconder".
"Colaboramos com as investigações, mas
imputar responsabilidade a mim em obter recursos do BNDES para favorecer as
obras, sendo eu líder de oposição no governo do PT, é querer me atribuir força
que nunca tive. Mas que se investigue tudo. Eu me coloco à disposição, como sempre
me coloquei. Nem eu nem o partido temos nada a esconder", disse.
Em abril, Barroso já havia determinado a
quebra dos sigilos bancário e fiscal de Agripino e de mais 15 pessoas e
empresas ligadas ao parlamentar, entre 2010 e 2015. Na nova decisão, o ministro
determinou mais quebra de sigilos, a pedido da Procuradoria Geral da República.
A decisão de Baroso é de 14 de dezembro e
consta de um inquérito - desdobramento da Operação Lava Jato - que investiga,
desde outubro de 2015, o suposto envolvimento do senador em fraudes nas obras
da Arena das Dunas, estádio construído em Natal (RN) para a Copa de 2014.
O ministro Barroso determinou que as
operadoras de telefonia informem em 30 dias "todos os dados e registros
contidos nos cadastros dos investigados e dos interlocutores das ligações, bem
como todos os respectivos registros de chamadas (data, tipo de chamada, se foi
texto ou voz, duração)".
Barroso também enviou ofício ao presidente do
Banco Central, Ilan Goldfajn, pedindo a implementação da quebra de sigilo
bancário do DEM.
Fonte: G1 - Política
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