Ação foi realizada nesta sexta (22) pela
Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) da
Polícia Civil potiguar.
A Divisão Especializada em Investigação e
Combate ao Crime Organizado (Deicor) da Polícia Civil do Rio Grande do Norte
prendeu nesta sexta-feira (22) oito homens e uma mulher suspeitos de
envolvimento em roubos a instituições bancárias no estado. Armas e drogas foram
apreendidas.
A ação foi denominada Marco Zero – uma alusão
ao marco zero da cidade de Touros, no litoral potiguar, onde a quadrilha teria
iniciado uma série de assaltos. “O grupo atuava de forma integrada e planejada,
utilizando material explosivo, forte armamento, e veículos clonados, atuando
nos estados do Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba”, afirmou o delegado
Odilon Teodósio, titular da Deicor.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão
na casa de um dos suspeitos, foram encontrados uma pistola, crack, maconha,
além de um veículo clonado. Em outra, um fuzil, dinheiro, celulares, e uma
identidade falsa. Nesta segunda residência, houve confronto com os policiais e
um suspeito, identificado como Manuel Messias de Araújo, mais conhecido como
‘Vaca’, acabou ferido e depois socorrido ao hospital.
No total, ainda de acordo com a Deicor, a
quadrilha é apontada como responsável por pelo menos 8 crimes ocorridos desde o
mês de abril. São eles:
• Dia
5 de abril, roubo em João Câmara (RN);
• Dia
4 de maio, roubo em Sítio Novo (RN);
• Dia
1º de junho, roubo em São Miguel (RN);
• Dia
9 de junho, roubo em Goianinha (RN);
• Dia
30 de junho, tentativa de assalto em Canguaretama (RN);
• Dia
3 de julho, roubo em Novo Lino (AL);
• Dia
29 de julho, roubo em Belém (PB);
• Dia
19 de setembro, roubo em Campina Grande (PB).
Investigações
A Deicor revelou também que no dia 29 de
julho deste ano, armas e material explosivo foram apreendidos em uma casa em
São José de Mipibu, na Grande Natal. Os artefatos seriam suficientes para
explodir 200 agências bancárias. Durante a operação, também foram apreendidos
diversos mapas com informações que indicavam as cidades que seriam alvo da
quadrilha, a distância entre cada uma delas e o reforço policial que cada uma
continha.
“A operação Marco Zero começou no dia 3 de
abril, após roubos que ocorreram no município de Touros, revelando, durante as
investigações, uma associação criminosa que atuava de forma organizada e
planejada, atribuindo funções diferenciadas a cada integrante do grupo, tendo,
entre eles, Manuel como líder, que utilizava de armas violentas nos roubos, e
contra os policiais”, acrescentou o delegado Odilon Teodósio.
“A partir dos primeiros roubos em Touros,
onde a quadrilha teria subtraído R$ 700 mil do Banco do Brasil, iniciamos um
processo de monitoramento desse grupo criminoso. Essa organização era
especializada em roubar bancos, e altamente planejada para tal fim,
distribuindo atribuições diversas a seus integrantes com o fim de facilitar o
cometimento dos crimes. O grupo todo era organizado entre líder, pessoas que
faziam a ‘linha de frente’ para a explosão dos bancos, armeiros, olheiros,
responsáveis por providenciar e adulterar carros roubados, planejadores da
logística crimes, e rota de fugas, ou seja, havia uma divisão racional de
trabalho e de tarefas, o que fazia da quadrilha uma verdadeira organização
criminosa”, detalhou.
G1
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