O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas
Médicos expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) em
2015 teve 42,15% dos médicos formados no exterior aprovados e esses
profissionais podem agora atuar em medicina no Brasil. Este foi o maior índice
de aprovação desde a primeira edição em 2011. O número de inscritos também foi
recorde, 3.993, quase o dobro do ano anterior.
O Revalida tem, desde a criação, baixas taxas
de aprovação. Em 2011, 12,13% dos participantes foram aprovados. Em 2012, a
porcentagem caiu para 9,85% e, 2013, para 6,83%. Em 2014, os aprovados
aumentaram para 32,62%. Os resultados de 2015 foram divulgados hoje (1º) pelo
Ministério da Educação (MEC).
“Não houve alterações no exame, nem no número
de itens, nem nas questões escritas, nem nas estações de habilidades. A escolha
desse modelo se ancora em padrões internacionais”, diz o reitor da Universidade
Federal do Ceará, Henry Campos, representante da subcomissão do Revalida.
De acordo com os dados divulgados pelo MEC,
os brasileiros são maioria entre os aprovados, são 921 dos 1.683 que passaram
no Revalida, o que equivale a 54,7%. Em seguida estão os bolivianos (12%) e os
cubanos (8%). A maioria desses estudantes formou-se na Bolívia (41%), Cuba
(23%), Argentina (8%) e Colômbia (7%).
O Uruguai é o país com o maior percentual de
estudantes aprovados em relação aos participantes, aproximadamente 71% dos
alunos que se formaram no país e fizeram a prova foram aprovados. Em seguida,
está a Argentina (69%) e Portugal (67%).
Para o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, o Programa Mais Médicos contribuiu para o aumento da aprovação.
Segundo ele, parte dos médicos que vieram de outros países trabalhar no Brasil
acabaram se interessando por ficar e exercer a medicina além do âmbito do
programa.
Um médico formado em instituição de ensino
estrangeira que deseje atuar no Brasil precisa ser aprovado no Revalida. O Mais
Médicos, no entanto, dispensou esse requisito e permitiu que médicos
estrangeiros atuassem no País, desde que apenas na unidade de saúde para a qual
foram designados pelo programa.
A questão gerou polêmica entre as entidades
médicas quando o programa foi criado, em 2013. Mais de 12 mil médicos
estrangeiros vieram ao Brasil pelo Mais Médicos.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário