Insegurança. Essa é a palavra que mais tem
sido usada pelo povo do Rio Grande do Norte nos últimos meses. O aumento da
criminalidade e, pior do que isso, o aumento da violência empregada pelos
bandidos tem gerado uma sensação de medo e impotência da sociedade, em
proporções nunca antes vista.
Se os últimos três ou quatro anos já vinham
sendo críticos e o clamor por segurança vinha aumentando, agora em 2016
iniciamos uma fase ainda mais tensa. Estamos testemunhando ações covardes dos
bandidos, pessoas inocentes perdendo suas vidas quase que semanalmente, algumas
de maneira bárbara.
Antes, os homicídios e a insegurança
preocupavam mais as classes menos favorecidas, que sempre viveram às margens da
sociedade. Agora, as classes média e alta se juntam no grito de socorro.
Assaltos, arrastões e, latrocínios têm perturbado a ordem. Os
bandidos já não se contentam somente em levar os pertences das vitimas, agora,
atiram para matar ou fazem pior, jogam de penhasco, como aconteceu com um
professor em Cotovelo.
Vários são os casos que poderíamos elencar
aqui, somente deste ano. Mas, com certeza, você que está lendo esse artigo já
os conhece devido a grande repercussão.
Quando falo que RN vive seu pior momento da
história em Segurança Pública é justamente devido ao forte apelo da população
por melhorias e devido a essa sensação de impotência que sentimos diariamente.
Hoje, o nosso estado é visto em patamar de grandes centros, como Rio de
Janeiro, quando se fala em violência.
Nossa imagem de estado turístico e pacato
está mais do que arranhada, está quebrada. E o que mais preocupa é pensar que,
pelo menos a curto prazo, essa realidade parece não mudar. Do ano passado para
cá, além da falta de estrutura histórica das polícias Militar e Civil, tivemos
o caos instalado no Sistema Penitenciário. O Estado perdeu o controle e não
soube administrar as crises.
O Governo que se disse da Segurança Pública
até agora, infelizmente, ainda não demonstrou esse potencial. Muito pelo
contrário. Nas redes sociais, o governo Robinson Faria é constantemente
criticado no tocante à segurança. As ações empregadas pela Sesed não resultaram
em efeitos práticos. Um plano efetivo de transformação da Segurança Pública
nunca foi apresentado.
O governador chegou a ir à Colômbia “estudar”
o que fazer no Rio Grande do Norte. Mas, até agora, continuamos perdendo a guerra
para a criminalidade. Estamos, literalmente, mais perdidos do que cego em
tiroteio.
Se Robinson Faria se elegeu com discurso de
que seria o Governador da Segurança, ele deve ter tropeçado no meio do percurso
e, agora, caminha para ser lembrado como um dos piores nesse segmento. Mas,
vamos torcer para que ele e sua equipe consigam finalmente acertar os rumos que
serão dados à Segurança. Vamos torcer para que o governador ache o caminho do
“melhor” e não queira terminar seu governo pela estrada do “pior”.
Fonte:Portal BO
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