O ex-governador Fernando Freire foi preso na
manhã deste sábado (25) de julho, em Copacabana. Contra ele, havia quatro
mandados de prisão em aberto.
O ex-governador do Rio Grande do Norte
Fernando Freire, preso na manhã deste sábado (25) em Copacabana, no Rio de
Janeiro, estava sendo monitorado havia duas semanas. De acordo com a Secretaria
de Estado de Segurança (Seseg) do Estado Rio de Janeiro, ele foi capturado por
agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).
Contra Freire há mandados de prisão
preventiva expedidos pelos juízes responsáveis pelas 4ª, 7ª e 8ª Varas
Criminais de Natal. O ex-governador foi levado para a 12ª DP (Copacabana). De
acordo com a delegada Thaiane Moraes, o ex-governador deverá permanecer na
unidade policial até segunda-feira (27). Segundo ela, a Polícia Civil precisa
que a Justiça do Rio Grande do Norte envie uma autorização para que ele seja
transferido.
Fernando Freire já havia sido preso
anteriormente em 2007 quando foi acusado pelo MPRN de estar “manobrando para
impedir a realização do seu interrogatório, evadindo-se do distrito da culpa”.
O interrogatório do qual ele é acusado de evitar diz respeito ao processo no
qual foi denunciado por suposto desvio de R$ 346.024,02 do Governo do Estado,
em maio de 2007.
O pedido de prisão preventiva foi feito pela
Promotoria do Patrimônio Público do Rio Grande do Norte em novembro de 2007,
quando o membro do MP informou à época que tentava ouvir o ex-governador desde
31 de agosto daquele ano.
A ação que resultou na prisão do
ex-governador contou com a participação do serviço de inteligência da
Secretaria de Estado da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) que
repassou informações à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Prejuízo de R$ 57,8 mil
As investigações apontaram que Freire cometeu
desvio de dinheiro público entre fevereiro e novembro de 2002, quando foi
vice-governador e, depois, governador do Rio Grande do Norte. O prejuízo
estimado aos cofres públicos foi de R$ 57.832,13 em valores da época.
De acordo com os autos do processo, Fernando
Freire desviou recursos públicos mediante o pagamento de 83 cheques-salários em
favor de 14 parentes e correligionários do então vereador Pio Marinheiro,
contemplando-lhe interesses pessoais e político-eleitorais. No entanto, os
beneficiários não eram servidores públicos e não guardavam qualquer vínculo funcional
com o Estado e os pagamentos foram feitos sem qualquer respaldo legal,
realizados sempre sob a intermediação direta do réu.
A sentença da condenação é da 7ª Vara
Criminal de Natal, assinada pelo juiz José Armando Ponte Júnior, e determina
que a pena seja cumprida em regime fechado.
Durante a ação penal, Freire não foi encontrado e o magistrado ordenou a
prisão preventiva do acusado. O ex-governador foi ainda condenado a pagar
metade das custas processuais.
G1
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