A greve dos bancários completou 17 dias nesta
quinta-feira (22) sem qualquer acordo entre trabalhadores e os bancos. A
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
informou que decidiu pela continuidade da paralisação.
Segundo balanço da entidade, a greve fechou mais da metade das agências do país até o momento. De acordo com dados do comando dos grevistas, 13.398 agências e 40 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa cerca de 57% dos locais de trabalho.
gifmeioDe acordo com o Banco Central, o país
tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco
Central.
Segundo balanço da entidade, a greve fechou mais da metade das agências do país até o momento. De acordo com dados do comando dos grevistas, 13.398 agências e 40 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa cerca de 57% dos locais de trabalho.
Rio Grande do Norte
A greve dos bancários completa 15 dias nesta
terça no Rio Grande do Norte com cerca de 70% das agências fechadas, informou o
Sindicato dos Bancários do RN. De acordo com o coordenador geral do sindicato
no estado, Gilberto Monteiro, a estimativa é que o número de agências paradas
na capital chegue a 90%. Ainda não há previsão para o fim da greve.
Negociação
Segundo a Contraf, os bancos reapresentaram a
proposta que já haviam feito na reunião de terça-feira (13), que terminou sem
acordo. Na sexta-feira (9), os bancários já haviam recusado a outra proposta da
Fenaban. A greve teve início na terça-feira passada (6).
A Fenaban não tem divulgado balanços diários
de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma
série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira
proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os
auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta
seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos
auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a
inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada
bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de
aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo
calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$
8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de
aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o
atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma
inflação mais baixa”.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para
agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos,
emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos
Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e
faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e
fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em
outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos
públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a
Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da
categoria.
Do G1
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