Estima-se que são necessários R$ 673,46
milhões de investimentos para reconstrução, restauração e a manutenção de
trechos de rodovias danificadas no RN.
As estradas estaduais do Rio Grande do Norte
são ruins ou péssimas. É o que aponta um levantamento, feito por amostragem,
divulgado ontem (04), pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). Das dez
rodovias avaliadas, seis tiveram o estado geral considerado péssimo e outras
quatro foram consideradas ruins. Além do número alarmante de rodovias estaduais
em situação precária, 58,7% (1.082 km) da extensão avaliada no RN, que inclui
rodovias federais e estaduais, apresentam algum tipo de deficiência. Somente
41,3% (759 km) tiveram classificação ótima ou boa.
A pesquisa da Confederação Nacional do
Transporte percorreu 1.841 km do Estado e, em todo o Brasil, foram mais de 100
mil km avaliados. No RN, estima-se que são necessários R$ 673,46 milhões de
investimentos para reconstrução, restauração e a manutenção de trechos de
rodovias danificadas.
Outro fator levantado pela pesquisa, o
pavimento, onde são consideradas as condições da superfície da pista principal
e do acostamento, o estudo classificou como regular, ruim ou péssimo 52,8% da
extensão avaliada no estado, enquanto que 47,2% foram considerados ótimos ou
bons.
No quesito sinalização, onde são observadas a
visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação
das faixas centrais e laterais, o estudo apontou que há problemas em 56,2% dos
trechos. Em 43,8%, ela é ótima ou boa.
Em 36,7% da extensão avaliada no estado não foram localizadas placas de limite
de velocidade. Analisando a extensão onde foi possível a identificação visual
de placas, 23,8% da extensão apresentaram placas desgastadas ou totalmente
ilegíveis.
O tipo de rodovia (pista simples ou dupla), a
presença de faixa adicional de subida, de pontes, de viadutos, de curvas
perigosas e de acostamento, que estão incluídos na variável geometria, foi
constatada pela pesquisa que 83,7% da extensão das rodovias pesquisadas no RN
não têm condições satisfatórias. Do total, 16,3% tiveram classificação ótima ou
boa. Dos 1.841 km percorridos, 92,7% da
extensão das rodovias possuem pista
simples de mão dupla.
O estudo é a 19ª edição e ultrapassa 100 mil
quilômetros avaliados. Nas duas últimas décadas, a Pesquisa CNT de Rodovias
oferece levantamento da qualidade do Estado Geral, do Pavimento, da Sinalização
e da Geometria da Via de toda a malha federal pavimentada e dos principais
trechos estaduais também pavimentados.
A Pesquisa CNT de Rodovias teve a sua
primeira edição publicada no ano de 1995. Nasciam, naquele ano, os primeiros
15.710 km de rodovias pesquisados de um universo de 51.612 km, total da malha
rodoviária federal pavimentada do País até aquele ano.
Tribuna do Norte
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