A tragédia deve transformar-se na mais grave
na área ambiental do Estado de Minas
Uma barragem pertencente à mineradora Samarco
se rompeu na tarde de ontem, no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23
quilômetros de Mariana, em Minas Gerais, e inundou a região com lama, rejeitos
sólidos e água usados no processo de mineração. Segundo a prefeitura de
Mariana, equipes do Corpo de Bombeiros, agentes da Guarda Municipal e Defesa
Civil Municipal se dirigiram para o local.
Até as 21h50, haviam sido confirmados 17
mortes e 75 feridos. A previsão dos bombeiros era de que o número de mortes
chegasse a 40. Isso porque ainda havia
muitos desaparecidos. Mais de 50 feridos foram socorridos no local, dos quais
13 foram levados para o Hospital Monsenhor Horta, em Mariana, alguns em estado
grave.
A tragédia deve transformar-se na mais grave
na área ambiental do Estado. Até uma igreja histórica do século 18 e uma escola
teriam sido atingidas, segundo informações preliminares. A Samarco pediu para
que os moradores de Bento Rodrigues evacuassem o local e seguissem para o
Distrito de Camargos, que é mais alto e seguro. De acordo com a prefeitura, a
situação no local é muito grave e há riscos de desmoronamentos. Várias casas
foram alagadas.
Em nota, a Samarco informou que houve
rompimento de sua barragem de rejeitos, denominada Fundão. “Não é possível,
neste momento, confirmar as causas e extensão do ocorrido, bem como a
existência de vítimas”, diz a nota. “A organização está mobilizando todos os
esforços para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio
ambiente. As autoridades foram devidamente informadas e as equipes responsáveis
já estão no local prestando assistência”, acrescenta a nota.
Segundo a prefeitura de Ouro Preto, a
barragem se rompeu por volta das 16h20. A prefeitura disse que a Unidade de Pronto-Atendimento
(UPA) do município encontra-se à disposição da cidade vizinha para auxiliar no
atendimento aos possíveis feridos.
A nota informa ainda que a Defesa Civil de
Ouro Preto também montou uma base de apoio, localizada no Centro de Convenções
de Mariana, para auxiliar nas buscas. Barragens como a que se rompeu em Minas
são feitas para reter os resíduos sólidos e água dos processos de mineração. O
rejeito é material que deve ser armazenado para proteção do meio ambiente.
Tribuna do Norte
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