Após aceitar denúncia feita contra ex-ministro
do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, por crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em razão
de conta atribuída a ele na Suíça, a Justiça Federal questiona agora também a
possibilidade de que ele tenha cometido crime eleitoral.
Essa possibilidade foi cogitada porque os
recursos da conta na Suíça, com 800 mil francos, não foram declarados no
momento de sua candidatura. Tal omissão pode render multa e até três anos de
prisão.
Esconderijo da propina de Henrique Eduardo Alves,
segundo a revista, IstoÉ.
Nos corredores do QG da Lava Jato, em
Curitiba, um dos investigados é conhecido pela alcunha de “Sheik”. Trata-se do
peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), ex-ministro, ex-presidente da Câmara
(2013-2014) e um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer. Dono
de 11 mandatos consecutivos como deputado federal, e reconhecido como hábil
articulador, Henrique Alves já foi um dos políticos mais poderosos do País. Em
junho de 2013 chegou a ocupar a Presidência da República, na ausência de Dilma
Rousseff e Temer (CLIQUE AQUI e acesse a matéria completa na IstoÉ).
Com certeza teria lugar de destaque no
governo não fossem as descobertas feitas pela Lava Jato, que em junho passado
encontrou sua conta não declarada na Suíça. A existência da conta confirmou
delação premiada feita por diretores da Carioca Engenharia, que apontam Alves
como destinatário de propinas do Petrolão.
A denúncia fez com que o peemedebista
perdesse o cargo de ministro do Turismo. Agora, documentos obtidos por ISTOÉ
não só confirmam a existência da conta na Suíça, como mostram a milionária
movimentação feita por Alves no exterior e revelam a trama urdida pelo
ex-ministro para tentar esconder o dinheiro mesmo depois de estar na alça de
mira da Lava Jato, o que, segundo procuradores, pode caracterizar crime de
obstrução de Justiça.
Agora RN/Com IstoÉ
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