De acordo com a deputada, a violência está
influenciando na economia do Estado, com o registro de fechamento de algumas
lojas comerciais
“A situação da insegurança no Estado está tão
crítica que o cidadão está com medo de sair de casa”. Foi a partir desta
afirmação que a deputada Márcia Maia (PSDB) desenvolveu pronunciamento no
plenário da Assembleia Legislativa, na sessão ordinária desta terça-feira (14),
quando mais uma vez solicitou providências para a solução dos problemas do
setor de segurança pública e do sistema prisional.
“O problema da violência está crescendo cada
vez mais em Natal e no interior do Estado. Ela tomou conta da vida do cidadão e
o que mais assusta é não se saber que futuro nos espera. As notícias de
assassinato, assaltos a luz do dia e outros crimes estão se multiplicando”,
asseverou a deputada.
Márcia disse que, de acordo com dados do
Sindicato da Polícia Civil (SINPOL) até o dia 13 de março foram registrados 487
assassinatos, o que dá uma média de quase sete por dia, representando aumento
de 26% em relação ao ano passado.
“Há 10 anos, Natal era considerada a capital
mais segura do País. Era uma época que a tolerância com a violência era quase
zero. As políticas sociais geravam emprego e renda e aqueles que escolhessem o
pior caminho, a Polícia estava a postos para agir. Hoje, Natal é a mais
violenta do País.” Afirmou Márcia, acrescentando que o Carnaval deste ano no Estado
foi o mais violento da época, com 44 pessoas assassinadas.
De acordo com a deputada, a violência está
influenciando na economia do Estado, com o registro de fechamento de algumas
lojas comerciais, destruição de ônibus do sistema de transporte coletivo e a
fragilização do Turismo, uma atividade importante para a economia do Rio Grande
do Norte.
“O cidadão comum está amedrontado e a Polícia
está sendo atingida de forma absurda com assassinato de policiais. É preciso
uma reação do Governo. As pessoas pedem para que a gente denuncie e solicite as
providências. É preciso acabar com essa onda de medo e terror no Rio Grande do
Norte. O sistema penitenciário do jeito que está repercute aqui e lá fora”,
reforçou a deputada.
Em aparte, o deputado Nelter Queiroz (PMDB)
lembrou que tudo isso passa pela necessidade de recursos financeiros e a
situação do Estado não é boa. Segundo ele a discussão tem que ser feita de
baixo para cima e de cima para baixo.
“Se não houver uma modificação na relação de
repasse de recursos para que o Estado tenha dinheiro, não será possível
resolver o problema. O Tribunal de Justiça recebe R$ 70 milhões por mês e gasta
apenas R$ 50 milhões, sobrando R$ 20 milhões. Isso é que tem que ser discutido.
Não há dinheiro para tudo. A segurança nos outros estados está pior do que
aqui”, afirmou Nélter.
Márcia também foi aparteada pelo deputado
Dison Lisboa (PSD). Ele registrou que foram devolvidos recursos que vinham para
a Segurança em outros governos. “A violência aumentou em todo o País. O crime organizado
é uma coisa séria, que comanda as ações criminosas de dentro dos presídios. O
ano passado o Governo aplicou 100% dos recursos que vieram. O Governo vetou o
percentual do repasse dos duodécimos e esta Casa derrubou os vetos”, disse
Dison.
A última a apartear Márcia Maia foi a
deputada Larissa Rosado (PSB), que registrou a chacina no último domingo (12)
em Mossoró, onde 5 jovens foram brutalmente assassinados. “Em Mossoró, já são
50 homicídios até o dia 13 de março”, concluiu Larissa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário