Os técnicos administrativos da Universidade
do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) decidiram por acatar a proposta do
Governo e encerrar a greve nesta terça-feira (20). No entanto, em votação, os
docentes da UERN decidiram manter a paralisação.
Enquanto, os técnicos voltam às atividades
nesta quarta-feira (21). Os professores aguardam decisão judicial a respeito do
pedido de ilegalidade da greve, que deve ser proferida pelo desembargador
Cornélio Alves, também nesta quarta.
Caso, o desembargador decida pela ilegalidade
da greve, os docentes devem retornar as atividades de imediato, sob pena de
multa por parte da Associação dos Docentes - Aduern.
Segundo a Aaduern, a diretoria da Associação
dos Docentes da UERN (ADUERN) apresentou, durante a assembleia, a
contraproposta feita pela categoria aos representantes do Governo. De acordo
com a proposição, as categorias dariam
uma margem de tempo para o ajuste financeiro das contas do Estado. O realinhamento referente ao acordo de 2014
seria realizado em duas parcelas, nos
meses de maio de 2017 e maio de 2018.
"O Governo se comprometeu a enviar um
documento oficializando seu compromisso em cumprir a proposta formulada pela
categoria e considerada mais plausível inclusive pelos próprios auxiliares de
Robinson. O documento enviado, porém, não estava de acordo com o que foi
negociado com os docentes, que o rejeitaram", explicou a Aduern por meio
da assessoria de imprensa.
“Este documento não é o que esperávamos, pois
não garante o cumprimento do nosso Plano de Cargos e Salários em 2017 e 2018. A
proposta não diz claramente qual é o percentual de reajuste que será enviado
para a Assembleia Legislativa e limita seu envio à Lei de Responsabilidade
Fiscal. A pergunta que paira é: Será que em dois anos e quatro meses o Governo
não tem como reajustar suas contas?”, afirmou o presidente da ADUERN, Lemuel
Rodrigues, que destacou o temor dos docentes em aceitar um acordo que não dê
garantias à categoria.
Lemuel relembrou que os docentes acataram
alguns dos itens da proposta do Governo,
como o concurso público e a conclusão de obras fundamentais para o
funcionamento da UERN. O docente destacou que a manutenção e bom funcionamento
da universidade é responsabilidade do Executivo Estadual e da Reitoria, que
precisam assumir esse compromisso.
Uma audiência de conciliação foi realizada no
último dia 16 de outubro, com a presença do juiz Cornélio Alves, representantes
da UERN e Governo do Estado para avaliação de propostas.
Após a reunião, ficou concordado que os
professores avaliaram, em assembleia, a proposta enviada pelo Governo do Estado
no início do mês, que concede auxílio-material pedagógico para os professores e
auxílio-transporte para os técnicos administrativos, ambos no valor nominal
correspondente ao percentual de 12,035% do vencimento básico.
MH
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