Na próxima terça-feira (20), os professores
da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) darão resposta
definitiva sobre a continuidade do movimento grevista, que já dura 144 dias. uma das maiores paralisação da historia da instituição.
Isto por que eles avaliarão, em assembleia, a
proposta enviada pelo Governo do Estado no início do mês, que concede
auxílio-material pedagógico para os professores e auxílio-transporte para os
técnicos administrativos, ambos no valor nominal correspondente ao percentual
de 12,035% do vencimento básico.
A decisão foi anunciada na manhã desta
sexta-feira (16), durante audiência de conciliação proposta pelo desembargador
Cornélio Alves entre representantes da Associação dos Docentes (ADUERN) e
Governo, na sede do Tribunal de Justiça em Natal.
Segundo os grevistas, a proposta do executivo
não está de acordo com as reivindicações da categoria, uma vez que contempla
apenas os servidores ativos na UERN, excluindo os aposentados.
A decisão final sobre a greve será anunciada
após duas reuniões, uma na segunda-feira (19) com o Comando de Greve e outra na
terça (20), com os demais professores. Após a assembleia geral, será
encaminhado o posicionamento dos docentes acerca do documento enviado pelo
Governo do Estado.
Na quarta-feira (21), o desembargador
Cornélio Alves anunciará a decisão a respeito do pedido de ilegalidade da
greve, feito pelo Governo do Estado.
A GREVE
A greve dos professores da UERN foi
deflagrada no dia 25 de maio, com 140 votos a favor, 12 abstenções e nenhum
voto contrário.
A categoria reivindica reajuste salarial de
57%.
Em nota, divulgada quatro dias após o início
da paralisação, o Governo do Estado disse que não tem condições de conceder o
aumento reivindicado.
“É desejo do governador Robinson Faria
conceder o aumento pleiteado pelos servidores desta instituição, conforme
externado nas reuniões com representantes da UERN. Com este objetivo, mesmo
diante da difícil situação econômica do Estado, o governador determinou às
áreas jurídicas e financeiras da administração que realizassem os estudos
necessários. Após os levantamentos, foi constatada a impossibilidade de
concessão do aumento por questões financeiras e, principalmente, legais”.
Os professores alegam que o reajuste é
resultado de um acordo feito pelo próprio Governo do Estado, no final do ano de
2014.
Mossoró Hoje
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