A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Câmara Municipal de Apodi, que investiga a falta de comunicação do poder
executivo, quer o afastamento imediato do prefeito, Flaviano Monteiro (PC do
B). É o que informa o relatório final apresentado pelos vereadores na
quinta-feira, 25 de junho.
Segundo relator da Comissão, vereador Ângelo
Suassuna, o chefe do executivo municipal foi investigado durante 40 dias, e
está sendo acusado de crime político-administrativo por não responder à cerca
de nove documentos oficiais do legislativo, pedindo informações sobre prestação
de contas da prefeitura.
“Isto vem acontecendo desde o ano passado. Só
em maio, depois que um cidadão apodiense, interessado na prestação de contas do
executivo, denunciou a falta de transparência à Câmara, foi que decidimos criar
a CPI”, relatou.
De acordo com a Comissão, durante as
investigações, o prefeito alegou que existe uma demanda muito grande para
responder pedidos de informações, tanto da Câmara quanto de outros órgãos, e
que a mão de obra é pouca.
“O executivo disse ainda que enviou pedidos
de prorrogação de prazos para responder. Mas, a prefeitura tem 20 dias úteis
para responder. Será que esse prazo não é suficiente?”, indaga o vereador
Ângelo.
Por telefone, o MOSSORÓ HOJE tentou contato
com a secretária de Gabinete da prefeitura, Klébia Karina, mas não obteve
resposta.
O pedido de cassação do prefeito deverá ser
votado, pelos demais vereadores, em sessão ordinária a ser realizada no mês de
agosto, devido ao recesso da Câmara.
Ao MOSSORÓ HOJE, o relator da CPI declarou a
grande possibilidade de afastamento de Flaviano Monteiro, do cargo de prefeito
de Apodi.
“Para ser afastado, é preciso nove votos favoráveis
ao parecer. Hoje, temos exatos nove vereadores na bancada de oposição. As
chances de cassação do prefeito de Apodi são altas”, declara Ângelo Suassuna.
Se aprovado, o comando do executivo municipal
será assumido pelo vice-prefeito, Zé Maria (PSD).
Recentemente, o Ministério Público Estadual,
Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas
da União apontaram que 55 municípios do estado possuem Portais da Transparência
desatualizados, entre eles está Apodi.
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