Mais
de 60% dos professores no país relataram ter mais de 10% de alunos com
problemas de mau comportamento. Situação parecida acontece com o Chile e o
México.
Os
estudantes brasileiros lideram o ranking de indisciplina na sala de aula. É o
que sinaliza relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
A pesquisa internacional sobre ensino e aprendizagem, conhecida pela sigla
Talis, aponta que o mau comportamento prejudica as instruções dos professores e
absorção de conteúdo.
Entre
os 34 países que participaram do Talis em 2008 e 2013, são os docentes brasileiros
que dizem gastar mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Em 2008, eram
18%. Já em 2013, essa porcentagem subiu para 20%, quando a média internacional
foi de 13% nos dois períodos.
Mais
de 60% dos professores no país relataram ter mais de 10% de alunos com
problemas de mau comportamento. Situação parecida acontece com o Chile e o
México. Nos dois países, os professores também afirmaram enfrentar essas
questões em sala de aula. Por outro lado, no Japão, pouco mais de 10% dos
professores indicaram lidar com interrupções dos estudantes.
Todavia,
segundo a pesquisa, a indisciplina é generalizada no Brasil. Ao contrário do
que muitos poderiam imaginar, os números de estudantes com mau comportamento
são quase os mesmos nas escolas públicas ou particulares. A diferença foi de
apenas três pontos.
Menos
tempo
Além
das interrupções pelos estudantes, há outras fontes que atrapalham o desempenho
no ambiente escolar como lista de chamada, informações da escola e reuniões.
Essas atividades consomem ainda mais o tempo de aprendizado e nesse quesito o
Brasil também aparece em primeiro lugar. O Talis 2013 mostra que é de 33%, na
média, o tempo de não instrução relatado pelos professores brasileiros. A média
é de 21% entre todos os países participantes.
Outro
ponto importante mencionado na pesquisa é a carência desses profissionais. Com
poucos disponíveis em sala de aula, o número de alunos por classe aumenta. O
que torna o ambiente pouco favorável para o aprendizado.
Da
Agência CNM, com informações do Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário