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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Na Assembleia, Ezequiel faz pronunciamento, se defende de acusações e se diz "injustiçado"!

O deputado Ezequiel Ferreira de Souza, denunciado pelo Ministério Público por suposta participação no esquema criminoso investigado pela operação Sinal Fechado, usou a tribuna da Assembleia Legislativa para se defender das acusações. Na manhã desta terça-feira (24), o presidente da Assembleia negou as acusações de George Olímpio e garantiu que a dispensa de tramitação é uma atividade corriqueira no Legislativo.
No pronunciamento, Ezequiel confirmou que teve encontros com George Olímpio. No entanto, segundo Ezequiel, os encontros para tratar da tramitação do projeto que tratava sobre a inspeção veicular ocorreram sem a promessa de vantagens.

"Ao longo dos meus mandatos, recebo e continuarei a receber todos os conterrâneos que têm pleitos legítimos e que dependam da provação da Assembleia. Defendo causas de interesses da sociedade, grupos diversos, trabalhadores, sindicatos e empresários", disse Ezequiel Ferreira.

O parlamentar citou como exemplos recentes de projetos que tiveram a dispensa de tramitação a autorização de empréstimo por parte do Governo do Estado, o aumento nos salários dos professores e até a criação de cargos dentro do próprio Ministério Público. Segundo o deputado, em nenhum dos casos houve ilação sobre recebimento de propina para a aprovação da matéria. "São procedimentos normais e rotineiros", disse.

De acordo com o parlamentar, apesar dos apelos de George Olímpio, a dispensa da tramitação teve apoio unânime dos deputados após um ofício do Ministério Público, assinado pela promotora Rossana Sudário, em que foi ressaltada a importância da inspeção veicular.

"Depois do pedido explícito e formal do MP, de audiências públicas, surgiria a dispensa de tramitação, o que foi acolhido pelo colégio de Líderes. Só as mentes que creem no fantástico podem supor que para isso um deputado, somente um, tivesse recebido dinheiro. Para quê? Para cumprir a rotina que a AL costuma cumprir?", questionou Ezequiel. Só essa lei precisou ser comprada? É Fantástico", questionou o deputado.

Apartes

Durante a sessão, todos os deputados presentes apartearam o presidente da Assembleia. A forma e frequência com que os projetos têm tramitação dispensada, além de depoimentos pessoais sobre a postura de Ezequiel, foram o foco principal dos deputados.

"Nunca vi nenhuma proposta de facilidade de ordem material para alguém concordar com dispensa de tramitação de projetos", garantiu Getúlio Rêgo. "Essas acusações ferem não só o deputado, mas também toda a Casa. "Não tenho conhecimento algum de negociação em torno de lei, porque sei que isso não existe aqui no poder legislativo. Nenhum de nós compactua com esse tipo de coisa", garantiu Márcia Maia. "A praxe nessa Casa é a liberação da tramitação", garantiu Kélps Lima.

O deputado Ricardo Motta, que disputava o comando da AL com Ezequiel, também aparteou o atual comandante da Casa. O parlamentar demonstrou apoio a Ezequiel e garantiu apoio. "Quero externar nossa solidariedade e apoio a vossa excelência. A amizade fraternal que une nossas famílias há 70 anos. Se vossa excelência não tivesse o respeito e apoio de todos os 23 senhores deputados, não teria sido eleito à  unanimidade presidente deste poder", disse Motta.

Ao todo, apartearam Ezequiel 19 deputados: Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, Getúlio Rego, José Adécio, Kelps Lima, Agnelo Alves, Raimundo Fernandes, Tomba Farias, Márcia Maia, Álvaro Dias, George Soares, Galeno Torquato, Jacó Jácome, Albert Dickson, Fernando Mineiro, Nelter Queiroz, Carlos Augusto Maia, Dison Lisboa e Hermano Morais.

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