De
2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais desses rendimentos
atingiram 5,1% no Nordeste.
As
elevações reais dos rendimentos do trabalho foram determinadas, em parte, pela
valorização do salário mínimo, diz o Boletim Econômico Regional que o Banco
Central divulgou em Porto Alegre.
“A
política de valorização do salário mínimo repercute sobre o poder de compra dos
trabalhadores em geral e dos beneficiários da previdência social”, lê-se em um
dos boxes do boletim.
Nesse
cenário e com foco regional, esse boxe analisa elasticidades de distintos
estratos de salários da economia relativamente a variações do salário mínimo;
bem como em que medida os aumentos reais dos rendimentos do trabalho exercem
pressões sobre custos de produção e de investimentos.
“O
poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de
1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de
1965″, ressalta o Banco Central.
Por
isso, de acordo com a autoridade monetária, não surpreende o fato de que o
rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as
regiões do País.
De
2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais desses rendimentos
atingiram 5,1% no Nordeste; 4,3% no Centro-Oeste; 3,7% no Norte; 3,5% no Sul; e
3,1% no Sudeste.
Indústria
Especificamente
na indústria, as elevações reais dos rendimentos do trabalho não têm sido
acompanhadas por aumento do pessoal ocupado.
“Verifica-se
que, de 2012 a 2014, a população ocupada (PO) na indústria diminui em todas as
regiões, e o custo unitário do trabalho (CUT) aumenta”, diz o BC.
“Nesse
contexto, vale investigar em que medida os aumentos do CUT são influenciados
pelos aumentos reais do salário mínimo”, diz o documento.
No
País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo
cresceu 52% mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no
Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste).
De
maneira análoga, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário
mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no país (6% no Nordeste, Sul e
Centro-Oeste).
Fonte:
Exame
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