Atual
presidente da Câmara Federal está na lista de indicações elaborada pela cúpula
peemedebista.
Não
adianta mais o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves do PMDB,
afirmar que irá passar os próximos quatro anos dedicando-se ao exercício do
empresariado, conforme afirmou recentemente.
Em
discussão a portas fechadas, o vice-presidente da República, Michel Temer, o
presidente do Senado, Renan Calheiros, e o futuro presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, fecharam a lista de indicações de ministeriáveis do PMDB para o próximo
mandato da presidente Dilma Rousseff. Eduardo Cunha indicará o nome de Henrique
Eduardo Alves a um dos ministérios do governo Dilma.
Ao
todo, o PMDB deverá ser contemplado com seis ministérios. Segundo informações
veiculadas esta manhã pela imprensa nacional, Michel Temer, Renan Calheiros e
Eduardo Cunha se acertaram, num encontro que tiveram a três, acerca da divisão
dos ministérios que cabem ao PMDB da Câmara e do Senado. “Ficou acordado que
Eduardo Cunha, por exemplo, indicará o nome de Henrique Eduardo Alves. Temer
quer fazer Eliseu Padilha ministro também. O PMDB do Senado ficaria, além da
vaga já certa para Kátia Abreu, com as indicações de Eunício Oliveira e Eduardo
Braga”, destaca o jornalista Lauro Jardim, da revista Veja.
Não
se sabe, porém, para qual ministério Henrique seria indicado. É certo que o
peemedebista, em que pese ter perdido a eleição e sua indicação para o primeiro
escalão do governo federal ser uma espécie de prêmio de consolação, não se
mostra receptivo a um ministério de somenos importância, como o Turismo.
Segundo o jornalista Claudio Humberto, sondado para a pasta, Henrique torceu o
nariz e chegou a considerar ofensa. Afinal, como presidente da Câmara dos
Deputados é um político influente em Brasília. A parceria com o governo Dilma
Rousseff, em torno de votações importantes neste ano, deveria credenciá-lo a
pastas mais essenciais, como Integração Nacional ou Saúde.
Apesar
disso, aguarda-se a posição oficial da presidente Dilma Rousseff. O que é certo
é que, com a indicação de Henrique para um ministério, o retorno de Garibaldi
Filho, atual ministro da previdência demissionário, é tido como inviável, por
não se conceber, com raras exceções, dois parentes ocupando ministérios
federais. A despeito, até, do que ocorreu no próprio governo Dilma Rousseff,
quando Gleise Hofmam ocupou a chefia do gabinete presidencial e o seu marido,
Paulo Bernardo, o ministério das Telecomunicações. Entretanto, ambos eram
petistas, o partido do governo.
Caso
confirme-se a indicação de Henrique para um ministério, o destino de Garibaldi
deverá ser mesmo o Senado Federal. E caso Henrique aceite o ministério,
comprovará que palavra de político, hoje em dia, é um risco na água. “Vou
experimentar um pouco ser político e empresário. Vou fazer um pouco dos dois”,
afirmou ele recentemente, jurando de pés juntos que não seria ministro do
governo Dilma Rousseff.
JH
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