Pedido
foi feito após tratamento contra câncer de próstata; procedimento custa 100
mil
Negar
indevidamente um serviço médico é um dos principais motivos para a suspensão de
planos de saúde no Brasil. No último dia 13, a ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) proibiu a comercialização de 65 planos de 16 operadoras.
Uma
dessas recusas administrativas levou um paciente a entrar na Justiça para
conseguir que o seu plano, a Bradesco Saúde, pagasse a cirurgia e a prótese
peniana depois que ele teve um câncer de próstata.
O
paciente, que prefere não se identificar, disse que é quase impossível resolver
um caso como esse sem recorrer à Justiça.
“Administrativamente,
os planos de saúde alegam que não há cobertura. Isso acontece porque não há
transparência sobre o que os consumidores têm direito ou não. É difícil um
paciente leigo entender tudo o que está no contrato do plano. Por isso, o direito
quase sempre dá razão ao consumidor.”
Neste
caso, o paciente conseguiu, por meio de liminar, que o plano pague pela
cirurgia e pela prótese. A operadora recorreu da decisão e o caso ainda não foi
encerrado.
De
acordo com a fundadora da ONG Portal Saúde, Adriana Leocádio, que ajudou na
ação judicial, se o paciente tiver de pagar o procedimento de forma particular,
ele terá que desembolsar aproximadamente R$ 75 mil pela operação e até R$ 30
mil pela prótese.
“É
um tratamento caro e precisa ser realizado por um médico especializado. A ONG,
em parceria com advogados especialistas em direito e saúde, tem obtido grandes
decisões judiciais nas quais os planos de saúde estão custeando todo o
procedimento.”
Segundo
a advogada Elza Ferraz, responsável pelo caso, assim que o paciente teve a
orientação para implantar uma prótese adequada, o plano de saúde negou por
escrito o pagamento pela cirurgia.
Adriana
afirma que o contrato do paciente assegura a cobertura para a realização de
cirurgia urológica, mas o convênio teria alegado que a operação não consta no
rol da ANS, porque o contrato não teria sido adaptado para a Lei 9.656/98,
conforme Resolução RN nº 254, da agência.
“Diante
disso, o paciente fez a adaptação de seu contrato, teve um aumento na
mensalidade de seu seguro de 20,59% e, mesmo assim, seu tratamento continuou
negado.”
Fonte:
R7
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