Bastos
foi internado na terça (18) para tratamento de fibrose pulmonar. O ex-ministro
morreu no Hospital Sírio-Libanês aos 79 anos.
O
advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de 79 anos, morreu na
manhã desta quinta-feira (20) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A
informação foi confirmada pela equipe médica.
Bastos
foi internado na terça-feira (18) para tratamento de descompensação de fibrose
pulmonar, segundo boletim médico divulgado pelo hospital.
Um dos advogados criminalistas mais influentes
do país, Bastos foi convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para
compor a equipe do primeiro mandato. Comandou o
Ministério da Justiça entre 2003 e 2007.
Mesmo
depois de deixar o ministério, continuou em evidência ao atuar em casos de
grande repercussão nacional. Atuou, por exemplo, no julgamento do processo do
mensalão, no Supremo Tribunal Federal, em 2012. Na ocasião, defendeu o
ex-vice-presidente do Banco Rural, José Salgado.
Durante
o período do julgamento, entrou com reclamação contra o então presidente do
STF, Joaquim Barbosa, questionando o fato de Barbosa não ter levado pedidos da
defesa dos réus para análise do plenário do tribunal.
Também
foi o responsável pela defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que responde a
processo por suspeita de participação em esquema de jogos ilegais.
Bastos
atuou ainda na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de
prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas.
A
acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do
jornalista Pimenta Neves são outros trabalhos de repercussão nacional no
currículo do ex-ministro. Em 2012, Bastos foi contratado pelo empresário Eike
Batista para defender o filho Thor Batista, que respondia por um atropelamento.
O
ex-ministro se formou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
(USP) na turma de 1958.
Em 1990, após a eleição do presidente Fernando
Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo Partido dos Trabalhadores
como encarregado do setor de Justiça e Segurança. Em 1992, participou ao lado do jurista
Evandro Lins e Silva da redação da petição que resultou no impeachment de
Collor.
É
fundador do movimento Ação pela Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair
Meneghelli e Dom Luciano Mendes de Almeida. É fundador do Instituto de Defesa
do Direito de Defesa.
G1
SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário