A
data do início do conclave que definirá o sucessor do papa Bento XVI à frente
da Igreja Católica não foi anunciada ontem, em Roma, e pode não ser definida
nem mesmo hoje como esperado. O adiamento da decisão ocorre porque muitos
religiosos que participam desde a segunda-feira da Congregação Geral, no
Colégio Cardinalício, vêm solicitando detalhes sobre temas sensíveis do
Vaticano. Entre eles, alguns dos escândalos que abalaram a gestão do último
pontífice, como corrupção, sexo, pedofilia e vazamento de dados confidenciais
da Cúria – o caso Vatileaks.
Debater esses temas foi uma reivindicação feita publicamente nos últimos cinco dias por cardeais de diferentes nacionalidades, entre os quais dois representantes do Brasil: d. Geraldo Majella Agnelo e d. Raymundo Damasceno.
Um dos objetivos desses religiosos é tomar conhecimento da investigação solicitada em 2012 por Bento XVI a três cardeais. Juan Herranz, Josef Tomko e Salvatore De Giorgi escreveram um relatório de 300 páginas sobre o escândalo Vatileaks e teriam descoberto ainda a existência de redes de tráfico de influências, chantagem e sexo na Cúria, segundo o jornal La Repubblica. Vários cardeais alegam que o resultado da investigação pode afetar o voto dos participantes na escolha do sucessor de Bento XVI.
Cardoso Silva
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