Segundo professora, expulsão 'truculenta' da
Polícia Militar era a maneira como os servidores grevistas gostariam de
encerrar a ocupação na Secretaria de Planejamento e Finanças
A professora Andrezza Oliveira, representante
dos servidores grevistas da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN)
e do grupo de manifestantes que participou da ocupação do prédio da Secretaria
Estadual de Planejamento e Finanças (Seplan) encerrada na noite desta
sexta-feira, 24, comemorou o que classificou como “truculência” da PM durante a
retirada dos manifestantes da secretaria. Segundo a professora, que é membro da
ADUERN (que representa os professores da universidade), a expulsão pelos
policiais era a maneira como os grevistas esperavam terminar o movimento.
“Do ponto de vista do movimento, fomos
vitoriosos. Nós realmente queríamos sair com esse ato midiático. Foi muito
importante, pois o governo Robinson foi exposto na mídia. Saímos na Globo,
provavelmente vamos sair no Jornal Nacional… isso vai ter uma repercussão muito
importante”, diz a servidora em um áudio gravado e compartilhado nas redes
sociais (ouça ao final da matéria).
Ainda de acordo com Andrezza, a greve dos
servidores da UERN – que, oficialmente, é motivada pelos atrasos salariais –
tem a “política” como real motivação. “Essa é uma greve política. Nós estamos
em busca de tudo isso na luta. Essa retirada com truculência foi, para nós, uma
vitória”, acrescentou.
Na sexta-feira, ao longo do dia, políticos do
PT participaram da ocupação e tentaram intermediar as negociações entre
servidores, Polícia Militar e Governo do Estado. Estiveram presentes no ato da
Seplan a senadora Fátima Bezerra, o deputado estadual Fernando Mineiro e a
vereadora Natália Bonavides.
EXPULSÃO
Na noite desta sexta-feira, 24, servidores
estaduais da saúde e funcionários da UERN, que estão em greve desde o dia 13,
foram expulsos do prédio da Seplan após dois dias de ocupação. A ordem para a
reintegração do espaço partiu do juiz Bruno Lacerda Bezerra Fernandes, da 3ª
Vara da Fazenda Pública de Natal, que atendeu a um pedido do Governo do Estado.
Mesmo após tomarem conhecimento da decisão,
proferida no final da tarde, os servidores decidiram continuar com a ocupação –
que, pela resistência, teve de ser encerrada com a ajuda das forças policiais.
Na ação, a PM utilizou bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Agora RN
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