Funcionário teria sacado uma certa quantia em
dinheiro e depositado a uma conta atribuída a Raimundo Alves Maia Júnior, primo
do senador
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize uma série de
diligências para investigar se o senador José Agripino Maia (DEM) empregou, de
forma irregular, um servidor em seu gabinete. O pedido das apurações foi feito
pela Procuradoria-Geral da República, que aponta suposta lavagem de dinheiro e
peculato. Agripino, por sua vez, negou que tenha praticado os crimes expostos
pelo órgão.
De acordo com as suspeitas da
Procuradoria-Geral da República, o senador teria empregado um “servidor
fantasma” em seu gabinete que, na verdade, estaria trabalhando em uma farmácia.
O funcionário teria sacado uma certa quantia em dinheiro e depositado a uma
conta atribuída a Raimundo Alves Maia Júnior, primo do senador.
Consequentemente, a ministra Rosa Weber determinou que a PF colha os
depoimentos de dois funcionários da Drogafarma.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem, há
dois anos, em que Victor Neves Wanderley, o suposto funcionário, afirma receber
salário no Senado, sem nunca ter trabalhado no Parlamento. Registros no Senado
apontaram na época que Wanderley atuava como assessor no escritório de apoio de
Agripino. Seu salário seria de R$ 7.415,57.
A Procuradoria apontou em 2015 a proximidade
entre o recebimento de diversos depósitos de salários, que somam R$ 158 mil, e
o repasse ao primo de Agripino Maia, cujo montante era de R$ 127 mil. Outros R$
42 mil foram sacados em espécie pelo funcionário fantasma, em datas próximas a
pagamentos que somam R$ 67 mil.
Rosa Weber ordenou que sejam agora ouvidos
dois funcionários da farmácia para comprovarem ou não a condição de gerente ou
funcionário de Wanderley. Além disso, ordenou a oitiva de dois vizinhos do
escritório de Agripino em Natal para saber se há rotina de frequência de Neves
e mais duas pessoas: Nísia Navarro e Ivanildo Maia.
agorarn.com.br
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