Caso aconteceu nesta quinta (5) em Alcaçuz.
Presos que deveriam sair ainda estão na unidade. Direção promete abrir
sindicância para apurar confusão.
Dois presos se reencontraram com a liberdade
ao deixarem a Penitenciária Estadual de Alcaçuz na manhã desta quinta-feira
(5). Até então tudo certo. Ambos foram soltos após a direção da unidade receber
alvarás expedidos pela Justiça. O problema é que, os dois que deixaram o maior
presídio do Rio Grande do Norte pela porta da frente, não são os detentos que
realmente deveriam ter sido soltos. O alvará de soltura era em nome de outros
dois presos e não dos que saíram.
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc)
confirmou que os internos no pavilhão 3 Willian Carlos Souza de Oliveira (27),
o “Lobo da baixa”, e Luciano Ferreira da Silva (30), o “ventola” - usando de
falsidade ideológica - conseguiram progressão de regime para o semi-aberto,
respectivamente, no lugar dos internos Gleyviton de Souza Caetano e Ailton
Dantas dos Santos.
"A situação de troca foi percebida nesta
quinta-feira. A Sejuc já tomou todas as medidas necessárias para identificar e
responsabilizar pelo erro, já que transcorreu todo processo de conferência
padrão. Os presos - detidos por tráfico, roubo e assalto à mão armada - são
considerados foragidos", informou a Sejuc.
No entanto, a Sejuc não esclareceu se os dois
presos que de fato deveriam ter saído permanecem encarcerados ou não.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, município da
Grande Natal. A unidade, que em janeiro de 2017 foi palco do maior massacre da
história do sistema prisional potiguar – quando 26 presos foram mortos durante
um confronto envolvendo duas facções criminosas – passou por reformas e ganhou
reforço na segurança. As obras de reconstrução custaram cerca de 3,2 milhões
aos cofres públicos.
Administrativamente,
o delegado Eloy Xavier disse ao G1 que já tomou conhecimento do ocorrido, mas
que ainda espera que o caso seja formalizado para que ele possa tomar as
providências cabíveis.
G1
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