Alunos produziram 15 looks inspirados no
Barroco e Rococó (marcados pelo exagero das formas e detalhes) usando
absolutamente nenhum tecido
Se parece difícil produzir, nos dias atuais,
roupas imitando o estilo dos séculos XVI a XVIII – devido ao grau de elaboração
dos vestidos de época – imagine fazer tudo isso apenas com papel. Mas esse
desafio foi aceito por alunos do Curso de Design de Moda da UnP, que produziram
15 looks inspirados no Barroco e Rococó (marcados pelo exagero das formas e
detalhes) usando absolutamente nenhum tecido: apenas kraft, crepom e jornal,
por exemplo.
Os trabalhos serão apresentados no dia 25 de
abril, às 20h30, com uma intervenção feita na praça de alimentação e corredores
da Unidade Roberto Freire.
A ideia de produzir as roupas surgiu na
disciplina de Introdução ao Design de Moda na qual os alunos da 1ª série são
apresentados aos primeiros conceitos de Comunicação Visual da área trabalhando ponto,
linha, forma, cor e textura. Como trabalho de conclusão dessa cadeira, o Prof.
Ewerton Medeiros propôs aos alunos dos turnos matutino e noturno a elaboração
de peças feitas apenas com papel, uma forma de fugir da matéria-prima básica da
indústria da moda: o tecido.
“Por serem alunos que estão entrando no
curso, nos surpreendemos com a elaboração dos looks já que eles ainda não viram
disciplinas como modelagem. O resultado ficou tão bom que queremos mostrar aos
estudantes de outros cursos”, explica o docente. A escolha do papel foi
inspirada em uma coleção do estilista brasileiro Jum Nakao chamada de “A
costura do invisível” que foi apresentada durante o São Paulo Fashion Week de
2004. Ele produziu roupas todas em papel que, ao final, eram rasgadas questionando
os valores da moda.
Apesar da inspiração, na UnP, as alunas não
irão rasgar os vestidos. A intervenção é apenas uma chamada para o que está por
vir na “Mostra Forma e Silhueta” que será uma exposição dos trabalhos durante o
II Workshop de Arquitetura, Design e Moda do Campus Natal a ser realizado em
2018.
Para a montagem das peças, os universitários
usaram o kraft (papel de textura mais grossa) na modelagem dos manequins e
recursos como linha, cola e grampos. Crepom, jornal e papel de presente completam
as roupas dando cor ou imitando texturas.
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