Maia disse que doações recebidas em suas
campanhas foram feitas dentro da lei
O Supremo Tribunal Federal enviou nesta
segunda-feira, 26, à Procuradoria Geral da República a conclusão de inquérito
da Polícia Federal aberto para investigar o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, e o vereador Cesar Maia, pai do deputado. Ao concluir as
investigações, os delegados da PF atribuíram aos dois os crimes de corrupção
passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro pelo recebimento
de "vantagens indevidas" da empreiteira Odebrecht.
De acordo com os delegados "há elementos
concretos e relevantes" da existência dos crimes investigados". Após
receber o inquérito, o relator do caso, ministro do STF Edson Fachin, enviou a
investigação para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que terá 15
dias para decidir se vai oferecer denúncia contra os acusados ou pedirá o arquivamento
do inquérito.
Segundo a PF, Rodrigo Maia e Cesar Maia
receberam total de "valores indevidos" de R$ 1,6 milhão da Odebrecht
nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014. O objetivo dos recebimentos, segundo o
inquérito, seria "garantir um canal aberto de comunicação para o exercício
de influência". Os supostos pagamentos foram indicados por ex-diretores da
empresa que assinaram acordos de delação premiada.
"Sendo assim, havendo elementos concretos
de autoria e materialidade, nas circunstâncias descritas nos tópicos acima,
para se atestar que estão presentes indícios suficientes de que o deputado
federal Rodrigo Felinto Ibarra Maia e Cesar Epitácio Maia, vereador da cidade
do Rio de Janeiro, cometeram o delito de corrupção passiva ao solicitarem e
receberem contribuições indevidas nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014",
concluiu a PF.
Da Agência Brasil
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