PF cumpriu dois mandados de prisão contra
Henrique, que é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro na construção da
Arena das Dunas, em Natal, além de fraudes na Caixa.
O advogado de Henrique Eduardo Alves disse
ter pedido ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região a soltura do ex-ministro,
preso na ultima terça-feira (6) na Operação Manus, que investiga desvios na
construção da Arena das Dunas, em Natal, além de fraudes na Caixa Econômica
Federal.
De acordo com o MPF, Alves, que foi ministro
do Turismo de Dilma e Temer, recebeu R$ 9 milhões em propina da OAS para agir
junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte para evitar a
suspensão de um financiamento do BNDES à construtora. Os pagamentos foram
feitos via doação oficial e caixa 2 na campanha de Alves ao governo do RN em
2014.
Às 11h, o pedido de soltura de Alves ainda
não constava no sistema eletrônico do TRF. A corte não comentou.
Sobre as investigações, o advogado de Alves
disse que ainda prefere não se manifestar.
Além de Alves, secretário de Obras Públicas
de Natal, Fred Queiroz, aliado do ex-ministro, foi preso na operação sobre a
Areia das Dunas. A mulher e o filho de Queiroz foram detidos, mas liberados.
O ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso
em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi alvo de um novo mandado de
prisão preventiva na mesma operação.
A defesa de Fred Queiroz e da família dele
afirmou que as prisões são um equívoco e que tudo será esclarecido.
Operação Manus
A operação que prendeu Alves é um
desdobramento da Lava Jato. Batizada de Manus (uma mão lava a outra), ela
investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da
Arena das Dunas. De acordo com as investigações, o sobrepreço chegou a R$ 77
milhões.
Compra de votos
Além do pagamento de propina, o MPF suspeita
de compra de votos e apoio político por parte da campanha do ex-ministro ao
governo do RN em 2014. Uma das empresas que prestava serviços de campanha a
Alves sacou R$ 2 milhões em espécie às vésperas do segundo turno da eleição de
2014, "o que gerou a suspeita concreta de que esses recursos possam ter
sido utilizados para compra de votos", segundo o procurador da República
Rodrigo Telles.
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