Maus hábitos alimentares, insônia,
sedentarismo, stress e ansiedade estão entre os motivos que prejudicam o
desempenho na cama.
Pesquisas já mostraram que fazer sexo traz
inúmeros benefícios para a saúde. Vida mais longa, menor risco de doenças
cardíacas, boa pressão arterial, alívio de dores, controle de peso, diminuição
dos efeitos desagradáveis da menopausa e espermatozóides saudáveis.
No entanto, ter um parceiro, órgãos sexuais
funcionando e níveis hormonais corretos nem sempre garantem uma relação sexual
de qualidade. Alguns hábitos e até mesmo fatores psicológicos podem,
silenciosamente, diminuir o desejo ou atrapalhar o desempenho sexual de homens
e mulheres.
Segundo Maria Luiza Cruvinel, sexóloga e
terapeuta de casal, a ansiedade pode causar comportamentos compulsivos que
atrapalham o desempenho sexual e até mesmo disfunção erétil, ejaculação
precoce, problemas de lubrificação na mulher, entre outros fatores.
Mas atenção: é importante lembrar que a
mudança no desejo ou no desempenho sexual pode ser sinal de que algo de grave
pode estar acontecendo no organismo. Por isso, é fundamental procurar um médico
frente a qualquer dúvida.
Conheça comportamentos que podem atrapalhar
sua vida sexual e de que forma isso acontece.
Oito fatores que atrapalham a vida sexual
Ansiedade
De acordo com Maria Luiza Crunivel, sexóloga
e terapeuta de casal, a ansiedade pode causar comportamentos compulsivos, como
a má alimentação, o tabagismo e o consumo exagerado de álcool –motivos que
atrapalham a vida sexual. A ansiedade pode causar distúrbios, como disfunção
erétil, ejaculação precoce e falta de lubrificação.
A ansiedade (e os problemas associados a ela)
tem origem sobretudo na preocupação com o desempenho sexual. A atenção
exagerada com a ereção, com o prazer, com a possibilidade de sentir dor ou com
a ejaculação são fatores que atrapalham o bom desempenho sexual, tornando o
sexo desagradável e até mesmo impossível.
A ansiedade em relação ao desempenho sexual é
mais comum em homens e mulheres na faixa dos 50 anos.
Stress
O stress estimula a produção do cortisol e da
adrenalina no organismo, dois hormônios que, em grandes quantidades, atrapalham
a circulação sanguínea dos genitais e, consequentemente, prejudicam a vida
sexual.
De acordo com a Clínica Mayo, nos Estados
Unidos, o stress causado por fatores psicológicos diminui o desejo sexual,
principalmente nas mulheres.
Insônia
Dormir pouco ou mal leva ao cansaço. No dia
seguinte de uma noite mal dormida o organismo funciona de forma mais estressada
e ansiosa e isso modifica a forma como o sangue flui, prejudicando a ereção do
homem e a lubrificação da mulher. “Além disso, o stress exagerado faz com que o
corpo produza substâncias desfavoráveis ao desempenho sexual, como o cortisol e
a adrenalina”, explica Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em
sexualidade da Universidade de São Paulo.
Um estudo realizado pela Unifesp recentemente
conclui que os homens que não costumam ter uma noite reparadora de sono correm
um risco maior de sofrer de impotência sexual. Dos 467 homens insones
observados na pesquisa (com idade entre 20 e 80 anos), 17% reclamavam de
impotência sexual, além de problemas com diabetes e ganho de peso.
Tabagismo
O cigarro, em longo prazo, prejudica a saúde
dos vasos sanguineos e dos nervos, lesando-os e causando vasoconstrição
(estreitamento das artérias). Tal mecanismo prejudica a sensibilidade e o fluxo
sanguíneo nos órgãos sexuais, atrapalhando o desempenho na cama.
Um estudo publicado no periódico científico
BJU International afirmou que os homens com disfunção erétil correm um risco
duas vezes maior de sofrer de problemas em relação aos homens saudáveis. As
descobertas também sugerem que os homens que fumam demoram mais para se
excitar.
Álcool
De acordo com a sexóloga Carmita Abdo, em
pequenas doses o álcool age como estimulante, favorecendo o sexo. No entanto,
em altas doses, a substância lesa os nervos periféricos e os vasos sanguíneos,
prejudicando dessa forma a sensibilidade e a ereção do homem e a lubrificação
da mulher.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
uma dose “aceitável” para pessoas saudáveis deve se limitar a uma taça de vinho
por dia.
Má alimentação
A comida muito gordurosa, repleta de açúcar
ou as bebidas gaseificadas podem atrapalhar o sexo se forem consumidas logo
antes o ato sexual — a digestão lenta e trabalhosa desses alimentos “rouba a
energia” do organismo.
A longo prazo, a má alimentação leva ao
aumento do colesterol, dos triglicérides e da glicemia — o que acarreta o
desenvolvimento de problemas cardiovasculares e metabólicos, como diabetes.
Essas doenças, por sua vez, comprometem os vasos sanguíneos, prejudicando a
lubrificação e a ereção.
Sedentarismo
Assim como a má alimentação, o sedentarismo,
em longo prazo, está associado ao aumento do colesterol, dos triglicérides e da
glicemia, acarretando, portanto, no desenvolvimento de doenças cardiovasculares
e metabólicas. Tais problemas, por sua vez, comprometem os vasos sanguíneos,
prejudicando a lubrificação e a ereção.
Além disso, de acordo com a sexóloga Carmita
Abdo, o sedentarismo causa cansaço, indisposição, irritabilidade e pouca
disposição para atividades com mobilidade física, como o sexo.
A falta de atividade física reduz os níveis
de endorfina no organismo, o que prejudica a autoestima e pode comprometer a
vida sexual.
Medicamentos
Alguns medicamentos podem causar disfunção
erétil e influenciar na libido, diminuindo, portanto, o desejo sexual. Os
remédios que interferem na frequência cardíaca, no fluxo sanguíneo ou que
possuem como efeito colateral a perda de lubrificação na mulher e dificuldade
de ereção no homem, estão entre os que mais atrapalham o desempenho sexual.
De acordo com a psicóloga Maria Luiza,
remédios para hipertensão, diabetes, disfunção hormonal e depressão podem ter
estes efeitos.
Fonte: Veja
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