Os professores da Universidade Federal Rural
do Semiárido (Ufersa) aprovaram em assembleia, na tarde desta terça-feira (12),
o indicativo de greve para o final de maio.
“A data ainda não está certa, mas a
expectativa é que seja entre os dias 25 e 29 deste mês”, disse o presidente da
Associação dos Docentes da Ufersa, Joaquim Pinheiro. A deflagração da greve
ainda depende de duas outras assembleias. Uma a nível nacional, que acontecerá
nos dias 15 e 16 em Brasília, e outra regional, a ser realizada no
dia 28.
“Esta última será decisiva. É nela que os
professores irão votar se deflagram ou não greve”, contou o professor Joaquim.
O indicativo já tem o apoio de, pelo menos,
um terço das Instituição Federais de Ensino Superior do país. De acordo com os
professores, durante a última reunião nacional realizada em abril, 19
universidades se mostraram dispostas a entrar em greve.
Os professores reivindicam reajuste salarial
de 27,3% e melhores condições de trabalho.
“Nos últimos três anos, estamos com uma perda
em torno de 25% no salário. Esse aumento representa apenas 2% de ganho real”,
explicou Joaquim Pinheiro.
Outro ponto que influenciou a decisão pelo
indicativo de greve foi o descaso do MEC à pauta apresentada pela categoria. É
o que relata o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior (ANDES), Paulo Rizzo.
“Mesmo diante das reiteradas solicitações de
negociação, completamos um ano sem respostas as nossas reivindicações”,
declarou Paulo em nota.
Durante a assembleia nesta terça, os
professores decidiram ainda por realizar paralisação de 24 horas na próxima
quinta-feira (14). A parada contará com manifestações no período da manhã e
tarde em frente a universidade, além de uma mesa redonda, onde será debatido a
situação atual da categoria.
Atualmente, a Ufersa conta com 567 professores
distribuídos em quatro campi.
(Foto: Josemário Alves)
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