O deputado se alterou, recebeu voz de prisão,
foi jogado no chão, algemado, conduzido preso a Delegacia Regional de Caicó e
apresentado ao delegado Helder Cavalhal.
O deputado estadual Carlos Augusto Maia
enviou outra nota à imprensa, desta vez pedindo desculpas pelo ocorrido na
manhã deste sábado em Caicó/RN. Na ocasião, os policiais rodoviários federais
estavam fazendo uma blitz na saída da AABB, onde havia acontecido um show da
banda Aviões do Forró.
O inspetor Roberto Cabral narrou que o colega
solicitou que o motorista de Carlos Augusto fizesse o exame de alcolenia, assim
como todos os outros estavam fazendo. Ocorre que o deputado, que
estaria apresentando sinais de embriaguês, teria dado ordens para o motorista
não fazer. O inspetor imediatamente exigiu que a ordem fosse cumprida.
Teve início uma confussão, pois a abordagem
estava sendo gravada em video pelo PRF. Eles sempre fazem este tipo de gravação
para se proteger de futuras ações judiciais.
O deputado se alterou, recebeu voz de prisão,
foi jogado no chão, algemado, conduzido preso a Delegacia Regional de Caicó e
apresentado ao delegado Helder Cavalhal.
O delegado fez os procedimentos previstos em
lei e enviou o caso a Procuradoria da República, a quem compete adotar ou não
providências, por se tratar de um agente com imunidade parlamentar.
O deputado divulgou uma primeira nota, onde
diz que a PRF usa abordagens a pessoas públicas para se promover e que não
precisava fazer isto, pois já é uma instituição muito séria.
No final da tarde, no Facebook Carlos Augusto
divulgou mais uma nota: desta vez pedindo desculpas.
Segue:
AMIGOS,
Devo satisfações públicas sobre o ocorrido
nessa madrugada em Caicó:
1. Sou advogado de formação e, além disso,
tenho convicções políticas de que o fato de estar deputado não me coloca acima
da lei. Ao contrário, é meu dever dar exemplo;
2. Portanto, não me insurgi contra a
abordagem policial nem à fiscalização de trânsito ao veículo nem ao motorista
que o conduzia. Atendeu-se prontamente à inspeção e ao teste do bafômetro – que
deu negativo. Estavam dentro das normas.
3. Reagi, sim, e de forma inapropriada – é
verdade – ao método de abordagem de alguns agentes que, a meu juízo,
ultrapassaram o limite do respeito a que todos cidadãos temos direito.
4. Quem me conhece sabe do meu temperamento
ameno, cordial, humilde e respeitoso – com todos.
5. Peço desculpas públicas pelo ocorrido. Em
especial aos amigos, familiares e correligionários.
6. Reafirmo meu respeito às instituições e em
especial à Polícia Rodoviária Federal que tem por missão preservar vidas
humanas zelando pelo cumprimento das regras de trânsito.
Carlos Augusto Maia – Deputado Estadual
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