Servidores reivindicam o
cumprimento da lei que estabelece o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria. O
município já informou que não tem condições de pagar
A partir da próxima sexta-feira, 08, os
servidores municipais de Umarizal vão cruzar os braços e paralisar as
atividades. A greve, por tempo indeterminado, foi aprovada na assembleia geral
realizada na tarde desta segunda-feira (04), na Câmara Municipal, após a
categoria rejeitar a proposta do executivo de implantar ainda neste mês de
julho um reajuste de 5% no salário da categoria, a título de coeficiente de
progressão.
Os servidores reivindicam o cumprimento da
lei que estabelece o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria (PCCS).
O município já informou que não tem condições de pagar devido à falta de
recursos e a crise econômica que tem afetado os cofres de prefeituras de todo
país.
De acordo com a presidente do Sindicato dos
Servidores Públicos de Umarizal, Aucicleide Souza, apesar da greve ser
deflagrada oficialmente a partir da próxima sexta-feira, o funcionalismo já
está paralisado. É que os servidores irão usar os três dias até o dia 08 para
passarem em seus locais de trabalho informando sobre a greve.
Após a sexta-feira a categoria deverá começar
a desenvolver uma série de mobilizações para reforçar a paralisação.
Indicativo.
Servidores públicos do município de Umarizal
aprovaram em assembleia na tarde desta quarta-feira, 15 de junho, um indicativo
de greve para o próximo dia 04 de julho. Nesta data a categoria se reunirá para
deliberar se iniciam ou não oficialmente a paralisação. A reunião aconteceu na sede
do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindiserpum), na rua Olho
D’água do Borges. Além da presidente da entidade, Aucicleide Souza, participou
também do ato a vice-presidente da Federação dos Trabalhadores em Administração
Pública do Rio Grande do Norte (Fetam-RN), Francisca Luzia da Silva.
De acordo com Aucicleide, a indicativo foi
aprovado pelo não cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)
dos servidores e por melhorias no serviço público. “É o que a gente vem lutando
o tempo todo, nossa principal luta. E também por melhorias no serviço público”,
disse a presidente.
Acordo
Em reunião na segunda-feira 13 de junho, o
prefeito Marcos Fernandes (PSD) afirmou que o município não tem condições
cumprir com o que determina a lei do PCCS. O chefe do executivo umarizalense
alegou as dificuldades financeiras que o município enfrenta. “Se a gente disser
que irá cumprir com o plano amanhã, é trancar a prefeitura e entregar as chaves
porque não tem como nada funcionar”.
Marcos chegou a mostrar planilhas com a
relação dos recursos que são gastos mensalmente para pagar servidores
contratados em áreas como saúde e educação e propôs o pagamento de uma letra da
categoria a partir de janeiro de 2017. O acordo não foi acatado pelo advogado
do sindicato, Liécio Nogueira.
Se deflagrada a greve o prefeito também
avisou: Os servidores vão ficar paralisados até o final do ano. “A gente
lamenta muito. É claro que se tivesses condições, você acha que eu como gestor
não iria querer pagar? Sabendo o prejuízo político que eu vou ter?”, questionou
Marcos na reunião.
Vereador pediu acordo
O vereador Armando Araújo (PSD) pediu que o
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Umarizal (Sindserpum), se reúna
novamente com o prefeito Marcos Fernandes (PSD) para tentar fechar um acordo
que evite a deflagração da greve marcada para o dia 04 de julho. O parlamentar
afirmou que que a categoria “está legitimamente reivindicando um direito”,
porém pediu que o “período de crise”, que afeta as finanças do município fosse
avaliada pelos servidores.
“Acho que a gente deve tentar se sentar mais
uma vez, conversar, tentar achar as soluções […] Conversei com o vereador
Washington, conversei com o prefeito Marcos […] Vendo quais são os meios que a
gente pode tentar [seguir para] construir um avanço, um amadurecimento nesse
assunto, porque a gente deve ponderar uma situação diferenciada que a gente
vive hoje do ponto de vista financeiro. Isso a gente não pode negar. A situação
tem repercutido drasticamente nas finanças de todo Brasil e Umarizal não é
diferente, então nós estamos na iminência de viver e vivenciarmos um momento
muito difícil em Umarizal”, alertou Armando.
Do O Umarizalense
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