Segundo a Polícia Militar, Suplicy foi detido
por resistência. Ele se deitou na rua para impedir a reintegração de posse e
chegou a ser carregado pelos PMs.
A assessoria do ex-senador Eduardo Suplicy
informou no final da manhã desta segunda-feira (25), pelas redes sociais, que o
político foi preso pela Polícia Militar em São Paulo, em protesto contra
reintegração de posse na Zona Oeste da capital.
A PM alegou que a detenção foi realizada por
desobediência e obstrução à Justiça. O candidato a vereador em São Paulo foi
levado à força para a 75º DP após se deitar no chão para evitar que policiais
avançassem sobre população desarmada.
Por volta das 13h, também em publicação nas
redes sociais, Eduardo Suplicy criticou a gestão do governador do Estado de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). "A truculência da Polícia Militar do
governo Alckmin é inaceitável. Se fazem isso com um ex-senador da República,
imagine o que sofre a população que tanto precisa de apoio."
Houve confronto entre os moradores da
ocupação no Jardim Raposo Tavares e policiais. De acordo com os moradores, a
revolta foi iniciada depois que uma criança foi atingida por uma bomba de gás
lacrimogêneo.
"A posição do ex-senador Eduardo Suplicy
é contra a truculência inaceitável da PM, especialmente da Tropa de Choque, na
desocupação de área ocupadas. A presença dele foi para inibir a violência
contra os moradores, sendo muitas crianças", completou a assessoria de
imprensa de Suplicy no Facebook.
Guilherme Boulos, membro da coordenação
nacional do MTST e da Frente de Resistência Urbana, lamentou o ocorrido em
publicação em rede social. "Suplicy estava defendendo os moradores que
estão sendo despejados sem qualquer alternativa. Cunha solto. Suplicy preso. E
o povo tirado de suas casas..", escreveu Boulos.
"Recado do MTST: Se não soltarem o
Suplicy e pararem o despejo, São Paulo vai parar!", completou Boulos em
publicação posterior.
A deputada federal Maria do Rosário também
comentou sobre o ocorrido. "Diante das lutas de hoje, defender o direito à
moradia, contra os despejos, é um ato heroico!"
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