Os clientes de postos de combustíveis tem
sentido no bolso que a gasolina não para de subir. O último reajuste oficial
autorizado pelo governo foi em 30 de setembro deste ano, mas mesmo assim os
preços continuam em uma curva de alta. A mais recente pesquisa da Agência
Nacional de Petróleo (ANP) mostra uma média de preço de R$ 3,51, sendo o preço
máximo encontrado em alguns postos de R$ 3,59.
Mas, esses valores são referentes à semana de
18 a 24 de outubro. Os consumidores potiguares tem tido a desagradável surpresa
de encontrar preços ainda mais altos nas bombas. Em um breve percurso por
postos de Natal, nossa equipe de reportagem chegou a encontrar o litro da
gasolina comum por até R$ 3,65.
Quem há muito tempo resolveu mudar de
combustível foi o taxista José Farias de 61 anos. Desde 1986 na profissão, ele
decidiu começar a usar carros movidos a gás e álcool em 1999. Mas José alerta
que a economia não vale a pena para quem circula pouco de carro. “Só pra quem
roda acima de 2 mil quilômetros por mês”, disse.
Ele reconhece que a parte elétrica do motor
sofre um pouco com a conversão. “Quando o carro é motor mil, você sente mais a
perda de força, mas se for um motor mais potente quase não tem perda. Tem
tecnologia que você não perde muita força devido ao variador de avanço”,
comentou.
Para o taxista, a diferença entre o usar
gasolina e gás natural é a mesma entre faturar na bandeira um e dois. “Hoje eu
encho o tanque de 10 metros cúbicos com R$ 18. Se você trabalha com táxi e com
gasolina ou álcool, no final do dia o seu apurado vai todo pra pagar o
combustível. Ainda mais em Natal que você não pode andar sem ar condicionado”,
completou.
O mais recente reajuste, ocorrido há quase um
mês, foi de 6% na gasolina e 4% no diesel. Vale lembrar que esses percentuais
valem para a compra na refinaria. Porém, o preço repassado para o consumidor é
livre e varia de acordo com cada posto. Em geral, o reajuste nas bombas ocorre
depois que o estoque com o preço antigo acaba dentro de alguns dias. Em menos
de um ano ocorreram outros dois aumentos do preço da gasolina, em novembro do
ano passado e janeiro deste ano.
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