O
tucano criticou a investigação de “faz de contas” capitaneada pela base
governista
A
“farsa” montada em torno da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que
investiga os negócios da Petrobras foi “desmoralizante” para o Congresso
Nacional e para o país e expôs que os problemas da estatal são “ainda maiores”
do que todos pensavam. É esta a opinião do presidente de honra do PSDB no RN, o candidato a deputado Rogério Marinho.
O
tucano criticou a investigação de “faz de contas” capitaneada pela base
governista em torno dos depoimentos dos diretores da Petrobras. “O que houve na
CPI foi uma burla ao estado democrático, uma farsa desmoralizante para o
Congresso e para o país. É muito triste ver integrantes do governo,
parlamentares, se prestando a tal serviço. O que só mostra como o PT se
apropria do Estado como se fosse seu, não conseguindo dissociar o partido do
governo”, disse Rogério.
Ainda
de acordo com o líder do PSDB no Estado, é fundamental que o Congresso Nacional
convoque, mais uma vez, os envolvidos no caso para um novo depoimento, sem a
presença dos parlamentares que aceitaram participar do que chamou de “farsa”.
“Quem se prestou a tal ato não tem estatura para participar dos trabalhos da
CPI e merece uma punição exemplar”, completou.
Reportagem
da Revista Veja desta semana revelou que o governo e lideranças do PT no Senado
montaram uma estratégia para treinar os principais depoentes da comissão de
inquérito, repassando a eles previamente as perguntas que seriam feita na CPI e
combinando as respostas que seriam dadas.
Em
gravações obtidas por Veja, o chefe do escritório da Petrobras em Brasília,
José Eduardo Sobral Barrocas, revela que um gabarito foi distribuído aos
depoentes mais ilustres para que não houvesse contradições em nenhuma das
oitivas. Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações
Institucionais; Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no
Senado; e Carlos Hetzel, secretário parlamentar do PT na Casa, formularam as
perguntas que acabariam sendo apresentadas ao ex-diretor Nestor Cerveró,
apontado como o autor do “parecer falho” que levou a estatal do petróleo a
aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, um negócio que causou
prejuízo de quase 1 bilhão de dólares à empresa.
O
ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, também fez chegar às mãos de
Graça Foster, sua sucessora no comando da empresa, e de José Sergio Gabrielli,
ex-dirigente da estatal, todas as perguntas que seriam feitas pela CPI – e as
respostas que deveriam ser dadas.
“Esse
combinemos lamentável para a nossa sociedade só mostra que os problemas já
descobertos sobre os negócios da Petrobras são ainda maiores e mais sérios do
que todos nós pensávamos e merecem, sim, ser investigados com ainda mais
afinco. É disso que o Brasil está cansado, de ser governado por um partido que
se acha acima de tudo e de todos, inclusive da lei e da Justiça”, finalizou
Rogério.
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