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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Gaeco prende filhos do prefeito e vereadores de São Jerônimo da Serra!

Mais de 60 mandados de busca e apreensão e prisão são cumpridos na cidade; acusação é de desvio de verbas públicas.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Ministério Público cumpriram, na madrugada desta quarta-feira (6), 18 mandados de prisão e 48 de busca e apreensão em São Jerônimo da Serra, a 90 quilômetros de Londrina, no Norte do Paraná. Mais de 80 policiais participam da Operação Sucupira, que deve se estender pelos próximos dias.

De acordo com o promotor do Gaeco Cláudio Esteves, a operação investiga os crimes de peculato – que é o desvio de dinheiro por funcionário público –, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e formação de organização para o crime.

Os dois filhos do prefeito do município, Adir dos Santos Leite (PSDB), estão entre os presos. Eles são investigados por desvio de verbas públicas. O próprio prefeito também foi encaminhado ao fórum para dar explicações, já que durante o cumprimento dos mandados de prisão dos filhos foram encontradas armas que podem ser de propriedade de Leite. Ele pagou fiança de R$ 6 mil e foi liberado.

Além dos filhos do prefeito, três vereadores também estão presos temporariamente. Contra eles havia mandados de prisão em aberto pela suspeita de envolvimento no esquema fraudulento. Há indícios, segundo o promotor do Gaeco, de que eles possam ter recebido dinheiro desviado dos cofres municipais. Empresários de São Jerônimo da Serra, além de secretários municipais também foram presos na operação. De acordo com a Polícia Civil de São Jerônimo da Serra, os presos foram transferidos para Londrina na tarde desta quarta.

Esteves explicou, por telefone, como funcionava o esquema descoberto pelo Gaeco. “A Prefeitura contratava com certas empresas, que realizavam apenas parte dos serviços. Mesmo assim, a nota era emitida em valores integrais. A diferença em dinheiro era repassada de volta para a organização, que dividia os valores”, disse.

São investigadas também as empresas envolvidas no esquema. Segundo o promotor, a lista vai desde postos de combustíveis a fornecedores de peças automotivas, alimentos e prestadores de serviços. Os promotores vão cumprir mandados de busca em 55 locais, incluindo a prefeitura municipal, casas e empresas. A Justiça decretou a quebra do sigilo bancário de 51 pessoas e empresas.


Jornal de Londrina

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