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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Campos critica Dilma e propõe Brasil com mais educação e ciência e tecnologia!

Em Natal, candidato do PSB à Presidência da República diz que sociedade brasileira não quer o governo Dilma e fala avançar o País através de políticas educacionais.
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, criticou nesta sexta-feira (11) em Natal o governo da presidente Dilma Rousseff e apresentou propostas centradas na educação e fomento da ciência e tecnologia como medidas para reduzir a desigualdade social e alavancar o crescimento do Brasil.

Indagado de como pretende se apresentar como oposição a um governo do qual fez parte, ele explicou o seguinte: “Chegou um ponto que só cabia um caminho: o da decência. Quando você discorda e o aliado não escuta, ou você fica submisso, ou sai pela porta da frente. Jamais faltamos com respeito à presidente Dilma. Mas o governo dela não é o governo que a sociedade brasileira quer. Tanto que ela é a primeira presidente que vai entregar o Brasil pior do que recebeu”.

Ele destacou ainda que rompeu com o governo do PT em um momento no qual a presidente era apontada como franca favorita à reeleição, mas que a medida foi necessária para que ele apresentasse uma proposta de mudança ao Brasil.

“Não deixamos ela na rua, deixamos no palácio, no momento em que ela tinha muita popularidade e que a imprensa dizia que ela venceria no primeiro turno. Deixamos para exercer o direito democrático. Isso é a democracia. Temos o direito de oferecer ao Brasil um caminho para o Brasil ser governado de outra forma. É isso que eu e Marina temos feitos. Na véspera de convenção, você vê o Brasil distribuindo ministérios com finalidade eleitoral… É contra isso que nós nos levantamos. Às vezes para continuar sendo quem somos temos que ter a coragem de mudar, e essa coragem nunca nos faltou”, disse o candidato do PSB.

Campos realçou também que, em suas andanças pelo interior do Brasil, sobretudo no Nordeste, ele tem colhido reclamações generalizadas sobre o atual governo. “Você anda o Nordeste e vê uma reclamação só, de obras inacabadas, portos, adutoras, transposição. Você conversa com o pessoal da agricultura familiar e vê reclamação”.

Abaixo, as declarações do candidato sobre os temas que lhe foram perguntados na coletiva de imprensa concedida no fim da manhã:

Nordeste

O Nordeste é onde nasci. Região que conheço como a palma de mão. Conheço o jeito de nossa gente, os nossos sonhos. Causa muito incômodo as pessoas falarem do Nordeste como um curral e uma urna. É assim que muitos políticos se referem à gente.

Temos talentos, talentos que pedem passagem. Marina e Eu vimos de um Brasil esquecido. Queremos apresentar nossos compromissos. O Nordeste não quer privilégios, quer oportunidade. O Nordeste quer escola integral. E quem está falando isso é quem fez. Fiz isso em Pernambuco. Se foi possível fazer num estado, podemos fazer numa nação. Podemos melhorar a segurança. Nós precisamos que o governo federal ajude à política de segurança que dê certo.

Somos 28% da população. Somos 13,5 do PIB, mas somos 50% dos pobres. Com esses três números você entende porque somos tão desequilibrados. Uma região como essa apostou na presidenta, que não apostou na gente. Dilma tem uma campanha com dois pilares: uma é o marketing, mas ela tem que vir para a realidade. O outro pilar é a campanha da mentira: que se ela não ganhar vai acabar o Bolsa Família.

 Aliança com PMDB

Essa é uma aliança local, como tantas outras que ocorreram Brasil afora. Queríamos a candidatura da senadora Wilma para o governo, e nós ficamos sem aliança nenhuma. Não tinha como viabilizar chapa proporcional.

E há tempos que a situação do Estado vinha caindo em uma piora. Indicadores de segurança, saúde, servidores públicos, somaram-se seca e estiagem. O PSB local decidiu ir para a aliança que propõe reverter essa situação.

Essa foi a decisão tomada, como tomamos a decisão nacional de fazer outra aliança. Temos que saber respeitar as instâncias partidárias.

Marina

Marina está nos ajudando nesse processo. Com os valores mais reclamados na vida pública, que é ética, seriedade, capacidade de renovar a política. Estamos andando o Brasil com essas propostas.

Outra questão são os palanques regionais. A Rede é um partido, o PSB, outro. Se você for ver as coligações regionais, vai ver que há diferenças. Respeitamos a opinião da Rede. Estamos juntos em 15 estados, em outros estados estamos separados. Isso está superado.

Ninguém na rua me pergunta sobre palanques. A pergunta que me fazem é como conter a insegurança, combater a dependência química. É essa a pergunta que me fazem.

Desigualdade social

Não há caminho para reduzir a desigualdade com o crescimento de um por cento. Tem estudos que indicam que o Nordeste precisa crescer em mais de 20 anos sempre dois por cento acima da média nacional para reduzir a desigualdade.

Precisamos focar em grupos sociais em situação de vulnerabilidade. Isso passa por educação, ciência e tecnologia, para aumentar a renda no campo. Fazer com que favelas sejam transformadas em bairros. Políticas para grupos sociais discriminados.

Esse conjunto de políticas e valores representam uma visão de governo para vencer a desigualdade, mas isso não pode ser feito se Brasília não nos enxerga. Não pode ser feito se predomina a velha política.

Do Portal No Ar

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