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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Wilma de Faria critica falta de transparência do governo

A presidente do PSB, Wilma de Faria, criticou a má gestão do governo Rosalba Ciarlini (DEM) e cobrou explicações quanto à real situação financeira do Estado. Citando as cobranças do Judiciário, do Legislativo e de órgãos auxiliares como o Ministério Público, a ex-governadora acusou o governo de falta de transparência em suas finanças.

“Falta transparência. Imagine se o Ministério Público questiona, o Poder Judiciário questiona, o Poder Legislativo, todos estão questionando, e a população também, porque a população quer saber por que o Estado está nessa situação de caos, porque nós estamos vivendo esse momento tão difícil”, afirmou a governadora, durante entrevista esta manhã ao “Jornal da Cidade”, da FM 94.

Wilma não deixou de reconhecer as dificuldades administrativas, reforçadas pela distribuição injusta do bolo tributário nacional e aproveitando para defender uma reforma tributária. “Mas, além disso, precisa ter uma boa gestão e está faltando exatamente essa boa gestão, que nós não temos aqui no Estado”, apontou.

“A gente teve o caos de Natal e agora estamos tendo o caos no Estado, por falta de planejamento, por falta de uma boa assessoria e por falta, principalmente, de definição de prioridades”, afirmou, se referindo ao governo Micarla de Sousa e Rosalba Ciarlini. “E, para completar, ainda temos crise de autoridade no governo aqui no Rio Grande do Norte”, continuou a pessebista.

Instada a explicar que “crise de autoridade” seria essa, Wilma disse que hoje no Estado não se sabe quem exatamente manda, se a governadora Rosalba Ciarlini, “ou um secretário que ouve outras pessoas”.

“É uma crise em que a gente não sabe exatamente como é que é o mando, como é que as coisas estão sendo comandadas. Como é que está sendo o mando do governo, como as coisas estão acontecendo. Porque tem uma informação por parte da governadora, depois vem uma informação por parte de um secretário que ouve outras pessoas. Não é bom. É ruim para a população, porque, sendo ruim para o governo como um todo, em termos administrativos, é ruim para todos”, afirmou.
TRANSPARÊNCIA

Embora as dificuldades de receita do Estado, Wilma exaltou a boa arrecadação de ICMS, destacando que o imposto, inclusive, ajuda os municípios com uma divisão. “Agora, o que está acontecendo em nível de Estado hoje é que não há uma transparência em relação a esses recursos que são arrecadados, e os recursos que são utilizados para pagamento de pessoal, manutenção dos programas e, ao mesmo tempo, também para investimentos”, afirmou.

Wilma defendeu que “o Estado precisa dizer quanto é a sua real folha de pessoal, deixando bem claro quanto é que pagam hoje à folha de pessoal, como é o pagamento líquido dessa folha, o que é que fica para o Estado como receita, no caso do Imposto de Renda, e deixar tudo isso muito claro, para o próprio Poder Judiciário, o Poder Legislativo, formado pela Assembleia, Tribunal de Contas, e Ministério Público e os demais poderes também saberem o que é que está acontecendo, porque deles cortaram mais de 10% do orçamento”.

Wilma conclui afirmando que o Estado enfrenta graves problemas também em outros setores. “O Programa do Leite está acabado, oito quinzenas sem pagar, os criadores com a mão na cabeça, uma situação grave, difícil. É isso que estamos vivendo. O que está sendo colocado que vai ser feito em relação à perfuração de poços, as barragens subterrâneas e tudo mais, a gente não encontra onde é que elas estão sendo feitas. Estão sendo anunciadas, mas não se encontra. Eu tenho andado em todas as regiões do Estado e não estou vendo isso”.

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