Contatos

Contatos

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Deputado Federal João Maia afirma que tendência do Partido da República é romper com Rosalba Ciarlini

O deputado federal João Maia, presidente estadual do Partido da República (PR), tem uma proximidade incontestável com o líder do PMDB no RN, Henrique Eduardo Alves. Tanto que, agora, parece seguir exatamente os mesmos passos do presidente da Câmara Federal: criticou o isolamento do Governo Rosalba Ciarlini e agora anuncia uma reunião para discutir, internamente, o futuro da aliança da sigla com o DEM.

“Nós criamos dentro do PR núcleos regionais que eram pra ter se reunido dia 27 para tomar essa decisão, e não nos reunimos porque fui representar o governo federal numa missão na China. Mas vamos fazer a reunião”, afirmou o deputado.

O porque dessa reunião? Pelo mesmo motivo que levou ao rompimento do PMDB. “É muito cômodo você dizer que vai embora, já que todo mundo foi embora mesmo, ou seja, o governo conseguiu sair de uma base de apoio imensa para um isolamento político muito grande. O governo se autoisolou, não é o povo que isolou o governo”, justificou João Maia, acrescentando que “Rosalba pode reclamar de tudo, menos de falta de apoio político, que já teve”.

João Maia ressaltou também que, além do isolamento, o Governo tem causado desagrado pela má gestão e por insistir na justificativa de crise econômica. Até porque, para Maia, esse não é, de longe, o maior problema da gestão estadual. “Eu acho que o governo desperdiçou essa base política. Um governo muito fechado, desconfiado, não é que o governo não tenha problema financeiro, ele tem. Mas dos 10 maiores problemas que o governo tem, o financeiro é um dos últimos. Tem problema de desconfiança, de ser fechado, de gestão”, analisou.
PMDB

Apesar de seguir, aparentemente, os mesmos passos de Henrique Alves, que primeiro criticou, depois marcou a reunião e oficializou a saída, João Maia tentou deixar claro na entrevista que a saída do PMDB do Governo não foi o determinante para o eventual rompimento do PR. Ressaltou, também, que o Partido da República não romperá, simplesmente, para se aliar aos peemedebistas.

“O nosso grande desafio é que precisamos ter um projeto para o RN. Politicamente, a situação política do RN é de vaca desconhecer bezerro. Porque o PMDB é muito forte e ficamos todos nós esperando o que o PMDB vai decidir, já que todos reconhecem a força que o PMDB tem”, analisou, enfatizando que “tenho o maior respeito pelo deputado Henrique Alves, que foi meu aliado em 2010 e continua sendo, tem uma posição de destaque hoje nacional, é o terceiro homem da República, mas o PMDB precisa tomar uma decisão, pois não dá para os demais partidos ficarem esperando até Deus sabe quando qual será a decisão do PMDB”.

Pelo menos, a possibilidade do PR continuar aliado ao Governo numa eventual reeleição de Rosalba, segundo João Maia, é bem pequena. “Tem muita dificuldade de não reconhecer que vai mal, e sim de mudar. Se vai mal, e se ela vai ser candidata à reeleição, se nós não vamos com ela e acho que a tendência dos partidos é não ir, qual é nosso projeto? Nós temos substância e força para estar no projeto majoritário; agora eu sou de grupo. Precisamos conversar com nossos aliados e saber qual é a do grupo. Eu não quero decidir isoladamente”.

ROMPIMENTO

Apesar das críticas feitas ao Governo e de dizer que não deverá apoiar uma eventual reeleição de Rosalba, João Maia não prometeu rompimento. Contudo, revelou na entrevista que já tem ideia do que o partido fará caso rompa. Afinal, conta com apenas dois cargos no primeiro escalão do Governo: a secretária Shrley Targino e Renato Fernandes, secretário estadual de Turismo.

“Shirley é da cota pessoal da governadora, apesar de ser uma militante do PR, e eu sei que se o partido pedir, ela sai. Nós não pediremos”, comentou João Maia, acrescentando que Renato Fernandes “sempre diz que enquanto estivermos no governo ele trabalhará muito, e se sairmos, ele sai junto”.
Jornal de Hoje

Nenhum comentário:

Postar um comentário