Os
servidores da saúde decidiram hoje pela suspensão da greve iniciada no dia 11
de junho nos hospitais da Região Metropolitana e de Mossoró. A decisão foi
tomada em assembleia estadual na manhã desta quinta-feira (10), no auditório do
Sinpol, em Natal.
Os
servidores alegam que apesar dos 91 dias de greve, o governo não se comprometeu
com o reajuste salarial, um dos principais pontos da pauta. O Sindsaúde
reivindicava 27% de reajuste, referente a perdas salarias, além de uma tabela
de qualificação e isonomia aos municipalizados. O governo afirmou que não
poderia conceder reajuste, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Acordo
de greve
Os
servidores decidiram suspender a greve, mas prometem continuar mobilizados para
acompanhar o cumprimento dos compromissos assinados pelo governo. Um documento
foi assinado pela secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha,
assumindo novos prazos para a implantação das mudanças de nível atrasadas, a
revogação do decreto que impede a licença-prêmio, e o início do processo para
realização de um concurso público no primeiro semestre de 2016.
Além
do cumprimento do acordo, os servidores prometem retornar à Assembleia
Legislativa para cobrar a votação de uma Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) que garante o pagamento de adicionais de insalubridade na aposentadoria
da saúde, a retirada do PL da Previdência Complementar, o fim dos saques no
Fundo Previdenciário e para acompanhar o envio da proposta de Orçamento de
2016. “O governo tem até o dia 30 para enviar o Orçamento do ano que vem. Vamos
cobrar para que envie com a previsão de reajuste. Ou ficaremos para sempre com
o salário congelado?”, questiona Manoel Egídio Jr.
Os
servidores retornam ao trabalho a partir de hoje. Na segunda-feira (14), o
Sindsaúde divulgará uma nova contagem do Corredômetro RN, levantamento do total
de pacientes em macas nos quatro maiores hospitais, que continuará sendo feito
após o fim da greve.
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