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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Para Cunha, aprovação da CPMF pelo Congresso é ‘improvável’!

Cunha também criticou o pacote de medidas por depender de outros que não o governo
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou nesta segunda-feira, 14, o conjunto de medidas anunciado pelo governo para reduzir o déficit em seu orçamento em 2016. Para Cunha, o governo faz ajuste “na conta dos outros”, já que, segundo suas contas, 75% dos cortes dependem de outros entes, que não o governo federal. Cunha também disse acreditar que a aprovação da CPMF pelo Congresso é “improvável”.

“Acho temeroso condicionar o sucesso de um ajuste fiscal a uma receita que sabemos ser de difícil equacionamento”, disse Cunha ao comentar a volta da CPMF. “Além de o governo estar com uma base muito frágil, o tema, por si só, já é polêmico”, afirmou, dizendo-se contra o regresso do chamado imposto do cheque. “Além disso, o tempo de tramitação de uma matéria como esta é muito longo”, ponderou.

Cunha também criticou o pacote de medidas por depender de outros que não o governo. “Setenta e cinco por cento não são despesas que o governo cortou. O governo está fazendo o ajuste na conta dos outros. É um pseudo corte de despesas”, disse Cunha. “É como se jogasse a bola para cá”, afirmou.

O presidente da Câmara criticou ainda o fato de o governo não ter feito cortes em programas sociais. “Não sei se a sociedade quer pagar mais imposto para manter os programas sociais, a variedade dos programas sociais que o governo tem. Uma coisa é o governo fazer os programas sociais dentro de sua arrecadação e a outra é querer colocar mais carga tributária para isso”, afirmou.

Ele defendeu um corte maior que os R$ 200 milhões anunciados com a redução de ministérios e previu que o mercado financeiro pode acordar “nervoso” nesta terça-feira, 15. “Se o mercado, no primeiro minuto, acalma, amanhã, quando eles lerem os detalhes, talvez o mercado não se sinta tão calmo. E quando vir que depende de uma deliberação do Congresso, que não me parece disposto a dar, o mercado pode até ficar nervoso”, afirmou. “O mercado não pode sentir que não é para valer. É muito melhor dizer para o mercado o que pode fazer e fazer do que criar uma expectativa que, amanhã, a volta da expectativa pode ser pior que o fato presente”, afirmou. Cunha disse ainda que “a situação está se deteriorando muito”.

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